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Rock In Rio 2017: Placar Rock em Geral

The Who, Alice Cooper e Sepultura saem como os melhores shows de uma edição prejudicada por atrações de gosto duvidoso, a subtração do dia do metal e o pouco rock no palco secundário. Fotos divulgação Rock In Rio/I Hate Flash: Ariel Martini (1) e Marcelo Paixão (2 e 3).

publicoriri17Já passou um mês certinho desde o início do Rock In Rio, e a sensação é a de que, de repente, acabou. Ou, por outra, nem foi tão rápido assim. É impressionante como um show de três horas e meia do Guns N’Roses (sem atraso de Axl!) parece durar um átimo de segundo, e outro do Maroon 5, com a metade do tempo, soa como se fosse uma versão remix do sermão da montanha. Assim é o Rock In Rio.

Mas que dessa vez o festival abusou, ah, abusou. Um fim de semana inteiro com atrações de gosto duvidoso pouco identificadas com o rock, atraindo um público cafona; a subtração do dia do metal, pela primeira vez na história do festival; e um Palco Sunset, o secundário, com pouco rock, são as marcas da edição que estreou uma Cidade do Rock cada vez mais entretenimento e menos rock, mas linda mesmo assim.

Contra números, contudo, não há argumentos. E por isso, e de novo, como em 2015, três shows encabeçam a lista dos melhores, com dez, nota dez! The Who, Alice Cooper e Sepultura conseguiram muito mais do que se podia esperar. O primeiro, pelo ineditismo, simplicidade, repertório bem escolhido e boa forma dos músicos; o segundo, por prosseguir surpreendendo com truques de palco que já duram mais de 40 anos; e o terceiro por investir no material mais recente e ousar na mistura de metal com música erudita, cujo risco de dar errado tecnicamente é sempre grande, sobretudo em um palco secundário.

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Menção honrosa para o show estonteante de Nile Rodgers, histórico para o festival; para a Blitz, num jeitão teatral que lhe é peculiar e funciona muitíssimo bem; e para a duplinha Aerosmith, do incrivelmente incansável Steven Tyler, e Bon Jovi, com sua enxurrada de hits que todo mundo adora.

Ao todo, assistimos a 26 shows inteiros, sendo que 19 foram resenhados, bem menos que o habitual, o que se explica - repita-se - pelo elenco prejudicado, a quase total ausência do rock no Palco Sunset, e a subtração do tradicional dia do metal, além de outras agruras de cunho pessoal. Veja a avaliação abaixo, com as bandas elencadas na ordem em que tocaram no festival, e clique nos títulos entre parênteses para ler cada uma das resenhas completas:

Céu + Boogarins: 6 (Estrelados)
Pet Shop Boys: 7 (Aos poucos)
5 Seconds Of Summer: 6 (Intramuros)
Maroon 5: 6 (Se apropriou)
Blitz: 9 (Amplificada)
Maroon 5: 7 (Agora, sim)
Johhny Hooker: 6
Nile Rodgers: 9 (Bailão do Nilão)
Walk The Moon: 7
Tyler Bryant & The Shakedown: 7
The Kills: 7
Alice Cooper + Arthur Brown: 10 (O criador)
Def Leppard: 7 (Travadão)
Aerosmith: 9 (Domínio total)
Nação Zumbi + Ney Matogrosso: 8
Alter Bridge: 8 (Bem ajustado)
Tears For Fears: 6 (Moderado)
Bon Jovi: 9 (Nas cabeças)
Incubus: 5 (Chá de cadeira)
The Who: 10 (Pra vida toda)
Guns N’Roses: 9 (Força da natureza)
Ego Kill Talent: 8
Doctor Pheabes & Supla: 5
Sepultura: 10 (Oásis heavy metal)
The Offspring: 8 (Replay)
Red Hot Chili Peppers: 6 (Abrandado)

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