Roubada
Mal escalado, Chris Cornell sofre para apresentar um repertório de sucessos só com voz e violão no SWU. Fotos Divulgação: Marcos Hermes (1) e Flora Pimentel (2 e 3).
Cornell tem a companhia de Alain Johannes, da banda Eleven, parceiro dele no álbum “Euphoria Morning” (1999), que toca ukelelê e o acompanha nos vocais. Como prêmio, ganha a oportunidade de levar uma música própria, sozinho. Ele bem que poderia ter ajudado em “Hunger Strike”, clássico oculto do Temple Of The Dog, fazendo o duelo de vozes originalmente gravado por Cornell e Eddie Vedder (Pearl Jam), mas não funcionou. A versão que dá certo de verdade é a de “Like a Stone”, do Audioslave, cuja gravação original, lenta e repleta da típica dramaticidade vocal de Cornell, não se perde no violão solitário. Mas que o estupendo solo de Tom Morello faz falta, isso faz.
Em “Black Hole Sun”, marcada pelo fabuloso arranjo à anos 70, Cornell faz duas vozes e duela com ele próprio, num outro bom momento do show. Curiosamente, o músico inclui “Billie Jean” de última hora no set e acaba agradando o ralo público que mais conversava do que prestava atenção. No final, com “Blow Up the Outside World” ele consegue até arrancar um coro tímido da platéia e encerra a apresentação em tom de alívio. O músico, que reclamava no início que sempre chove nos shows dele, ao menos, prometeu o Soundgarden para o ano que vem. Será muito bem-vindo.Set list completo:
1- Doesn’t Remind
2- Wide Awake
3- Can’t Change Me
4- Fell On Black Days
5- Be Yourself
6- Wooden Jesus
7- Like A Stone
8- Black Hole Sun
9- Billie Jean
10- Endless Eyes
11- Hunger Strike
12- Blow Up the Outside World
Tags desse texto: Chris Cornell, SWU Music & Arts Festival
Pô, o Soundgarden ta tocando direto lá fora, não entendo porque não poderiam vir pra cá, desperdício total um repertório desses num formato infeliz … :/
Curto muito Chris Cornell, mas o show nao deu certo pra ele. Talvez em um público menor e melhor dê mais certo!