No Mundo do Rock

A hora do predador

Lobão lança disco de tonalidades épicas no qual fez tudo sozinho e prepara turnê para o ano que vem. Fotos: Alessandro Dantas/Divulgação (1) e Regina Lopes/Arquivo pessoal (as demais).

Em 2013, Lobão se apresenta como uma das atrações do festival Porão do Rock, em Brasília

Em 2013, Lobão se apresenta como uma das atrações do festival Porão do Rock, em Brasília

Dez anos depois do lançamento do último álbum, “Canções dentro da Noite Escura” (saiba mais), Lobão está de volta com “O Rigor e a Misericórdia”, seu 12º trabalho de estúdio, viabilizado por um bem sucedido processo de crowdfunding (cotas antecipadas), que superou a meta em 22%. No álbum, o músico gravou todos os instrumentos em seu próprio estúdio, e ainda atuou como produtor nas 14 faixas, nas quais busca ingredientes do início da carreira, nos anos 1970 (ele próprio cita dúzias de bandas da época como referência), e se envolve em uma tonalidade épica resultante de um amadurecimento como escritor e colunista de política/comportamento. Não custa reforçar que ele integrou o grupo de rock progressivo Vímana, ao lado de nomes como Lulu Santos e Ritchie, bem antes do boom do rock nacional dos anos 1980, do qual foi um dos protagonistas.

Nos últimos anos, contudo, as coisas não têm sido fáceis para o Lobão. Figura marcante no mercado fonográfico mutante dos últimos anos, incluindo empreitadas que resultaram na numeração dos CDs e no lançamento de artistas independentes em banca de jornal, o músico tem se posicionado duramente contra o status quo do atual Governo Federal. Suas posições, em um mundo politicamente polarizado e beligerante, despertam a ira de alguns e, ao mesmo tempo, a idolatria de outros. Coisa com a qual, honra seja feita, Lobão, que nunca foi de ficar calado, sempre lidou, para o bem ou para o mal. Quem não se lembra de músicas como “O Presidente Mauricinho” e “Panamericana (Sob o Sol de Parador)” e do episódio em que fez campanha para o candidato Lula em plena Rede Globo?

Não que o hiperativo Lobão tenha ficado parado em todo esse tempo. Nessa década de mudanças no meio musical, reviu sua própria trajetória ao lançar a autobiografia “50 Anos a Mil” (saiba mais), já um best seller, e descobriu que pode dar certo como escritor, tendo editado ainda outras duas publicações: “Manifesto do Nada na Terra do Nunca” e “Em Busca do Rigor e da Misericórdia – Reflexões de Um Ermitão Urbano”. Antes, estabelecido em São Paulo, se virou como apresentador de programas de TV, o que lhe proporcionou a montagem de um estúdio em sua própria casa, onde gravou, pouco a pouco, e com muito cuidado, “O Rigor e a Misericórdia”.

Lançou um álbum acústico em 2007, que lhe rendeu um Grammy como “melhor álbum de rock”; a caixa retrospectiva “Box Lobão 81-91” (2010, resenha aqui); o DVD “Lino, Sexy e Brutal” (2012), gravado ao vivo; e soltou aqui e ali singles virtuais que, de certo modo, anteciparam o teor desse novo trabalho. Mesmo assim, tem sido taxado de ex-músico, ex isso, ex aquilo. Alcunhas cruéis que devem se dispersar de uma vez por todas com este “O Rigor e a Misericórdia”. Conversamos com Lobão por e-mail para saber os detalhes desse novo trabalho e o encontramos empolgado com a nova fase, que pretende dar sequência com o lançamento do álbum duplo em vinil, em edição de luxo, e a turnê do disco, tudo, se os fãs assim quiserem, via crowdfunding. Confira a íntegra da conversa:

Rock em Geral: Pela primeira vez em um disco você gravou todos os instrumentos e fez tudo em um estúdio na sua própria casa. Conte como foi o processo e como você avalia o disco depois de pronto. Foi uma questão de maturidade chegar nesse nível ou um rigor orçamentário? Ou as duas coisas?

Lobão: Eu me preparei para enfrentar essa empreitada por quase 10 anos. Comecei a mexer em computador somente em 2003 e fui me aperfeiçoando em operar, editar e gravar. Depois que me mudei para São Paulo, consegui reagrupar todos os instrumentos que precisava para me aprofundar. Voltei a tocar bateria diariamente (umas quatro horas por dia), descolei um baixo (é a primeira vez que toco e gravo o baixo), aprendi a tocar, a timbrar e a gravar meu novo instrumento. Me aperfeiçoei bastante na guitarra e expandi o vocabulário e textura e as possibilidades de timbre. Mergulhei também nos teclados, sintetizador, piano e órgão, e aprendi como timbrar e gravar, operar os plugins, etc. Também comecei a tocar a viola caipira onde compus três canções muito importantes do disco. Voltei a tocar violão clássico. Enfim, me enfurnei no estúdio, tipo umas 20 horas por dia. Minha meta era bastante ambiciosa: soar como um super grupo e ter um disco com uma qualidade de som “top” em qualquer lugar do mundo. Creio que consegui, principalmente com a chegada ao projeto do Diovainne Moreira, que mixou comigo e masterizou o disco. Ele foi muito importante no resultado sonoro final. Além de tudo, acabou me ensinado muito sobre engenharia de som

REG: Por mais que seja um processo desafiador fazer tudo você próprio, não sentia falta de uma banda entrosada tocando junto e gravando em um estúdio?

Lobão: O foco foi, desde o começo, saber como eu estava soando enquanto banda. É um conceito, desde seu início, um trabalho solitário. Nada mais a minha cara atual do que essa condição. O trabalho com banda foi realizado no projeto anterior, (no DVD) “Lino Sexy & Brutal”. Mas confesso a você que nunca me senti tão feliz e à vontade para gravar tudo sozinho e poder ouvir exatamente o que se passava na minha cabeça, como compositor.

REG: Você também já trabalhou com vários produtores renomados, não sentiu falta de alguém nesse posto?

Lobão: Uma das grandes causas das minhas frustrações com meus trabalhos anteriores era justamente a presença de um… produtor! Pela primeira vez na minha carreira eu posso ouvir um disco meu sem ter aquele sentimento terrível de frustração com o som ou o arranjo, ou com a mixagem e a masterização ou coisa parecida. Afinal de contas eu cometi um disco com uma escancarada superioridade sob todos os aspectos em relação a qualquer outro que já realizei. “O Rigor e a Misericórdia” é um salto quântico de qualidade. É tipo: existe ele e existe o resto. E tenho certeza se tratar do primeiro de uma novíssima série.

REG: O disco foi viabilizado com um processo de crowdfunding, que tem sido a saída para muitos artistas trabalharem de modo independente. Como você avalia esse processo? Em algum momento achou que a meta não fosse atingida? Como tem sido a entrega das contrapartidas?

Lobão: Foi fundamental para o aprimoramento do trabalho. Foi com uma parte do dinheiro arrecadado que pude comprar uma placa de áudio profissional e assim poder extrair um som de qualidade internacional no disco. Na verdade, desde que instalei a placa, no final de setembro, decidi regravar praticamente tudo de novo, fato esse que acabou por atrasar as entregas. Mas valeu a pena. Sempre acreditei que cumpriríamos a meta.

Compenetrado, Lobão grava com baixo pela primeira vez em um disco, no seu próprio estúdio

Compenetrado, Lobão grava com baixo pela primeira vez em um disco, no seu próprio estúdio

REG: O disco está sendo lançado por algum selo ou por sua conta própria? Com que tiragem? Como quem não participou do processo pode comprar um exemplar? Haverá distribuição em lojas, atacadistas virtuais e serviços de streaming?

Lobão: Será lançado pela Universo Paralelo/Trattore. Não sabemos ainda quantos vamos ter de tiragem inicial. Primeiro, cumpriremos todos os compromissos com a rapaziada da Kickante (site que hospedou o projeto de cronwfunding) e logo em seguida lançaremos no mercado normal. Estou tão satisfeito com o sistema de crowdfunding que farei mais dois projetos: o álbum duplo em vinil, edição de luxo, e a turnê do disco.

REG: Certa vez você disse que o acústico te trouxe a possibilidade de tocar instrumentos que você nunca tinha tocado. Nesse disco você conseguiu explorar essa nova musicalidade proporcionada por esses instrumentos?

Lobão: Com muito mais intensidade! Eu não sabia tocar viola caipira e acabei compondo coisas bem complexas no instrumento. O mesmo com o baixo, teclados e até mesmo nos backing vocals. Foi uma grande aventura elaborar e realizar esse disco.

REG: “O Rigor e a Misericórdia” – o disco - tem um tom épico desde as músicas propriamente ditas até no jeito de você cantar. Era essa proposta desde o início?

Lobão: Sim! É um disco épico. Como afirmei no livro “Em Busca do Rigor e da Misericórdia”: é o trabalho da minha vida e essa dramaticidade toda se refletiu inteiramente no resultado do trabalho. O disco tem um tom de libertação de ascese, de eternidade, de ligação profunda com o universo, de independência total e absoluta, de devolução cultural enquanto conceito artístico e, inevitavelmente, de um certo escárnio com aqueles que se arvoraram a me taxar de ex-músico, falido, decadente, etc.

REG: O disco também tem forte sotaque setentista, conceitual e até com uma introdução total rock progressivo, “Overture”. De certa forma você buscou, musicalmente falando, um encontro com suas referências do período inicial de sua carreira?

Lobão: Esse disco me reconduz ao meu berço de formação musical, que é o início dos anos 70. Quando cheguei em São Paulo, em 2008, comprei meu kit de bateria e me pus a tocar todos os dias, junto com todos os meus discos de formação no instrumento. Todos de 1970/71/72: Led Zeppelin, Black Sabbath, Humble Pie, Free, Grand Funk, Cactus, Jeff Beck Group, Mountain, Pink Floyd, (Jimi) Hendrix (o póstumo “Cry of Love”), Yes, Emerson Lake And Palmer, King Crimson, Van der Graff Generator, (Frank) Zappa, Slade, Roxy Music, T Rex, (David) Bowie, Faces, Traffic, Cold Blood. Mas, devido aos constantes apagões, a sonoridade do disco acabou tendo muita influência dos violões seresta Del Vecchio e da viola caipira. Aí as influências são de Garoto, João Pernambuco, Paulinho da Viola, Joaquim Rodrigo, Dolores Duran, Billy Holliday, Zé Ramalho.

REG: Há certa exploração de uma virtuose que você não buscava antes. Como você se vê como instrumentista hoje?

Lobão: Há uma enorme naturalidade na execução dos instrumentos. Não tive, em momento algum, o desejo de ser virtuose. Todos os instrumentos trabalham em função estrita dos arranjos, das pontuações do texto. Não tem uma nota jogada fora em todo o disco. O que eu acho bacana quando ouço o disco é que os instrumentos são executados sem nenhum tipo de esforço, eles fluem com muita suavidade e vigor. Como uma banda deve soar.

REG: Por que a inclusão de uma música em espanhol, “Que es la Soledad al Sermos Nosotros”? Conte a história dessa música, que parece ser só voz e slide guitar.

Lobão: Porque a versão do Manuel Martinez me comoveu muito. Eu me emocionei com a sonoridade do espanhol! A sua dramaticidade e a sua solenidade dão ao texto toda uma atmosfera de tensão e lirismo. Mas quero colocar a versão original em português na edição de vinil. Nessa música gravei dois takes com meu Del Vecchio Seresta (dobrei). Dobrei também duas guitarras com slide e no refrão uma grossa camada de inúmeros synths mellotrons e sequencers. Quero inserir também a versão com baixo e bateria da “Overture” para usar como fechamento no álbum duplo de vinil.

REG: Algumas músicas que você chegou a lançar como single virtual não entraram no álbum, como “Eu Não Vou Deixar” e “Agora é Tarde”. Pretende incluí-las em algum outro lançamento?

Lobão: Quando estamos elaborando um disco temos que ter sempre em mente que se trata de um “statement”, de uma declaração, um recado muito concentrado e nítido do que se quer passar. Essas músicas estão fora do ambiente cenográfico do disco. “Eu Não Vou deixar” não tem a mesma qualidade de gravação nem tampouco deixaria eu contaminar meu lindo disco com a presença asquerosa de um recado ao Pablo Capilé. Sabia que era uma música de rompante, um esporro de momento. Isso ele levou. Nada mais sério. “Agora é Tarde” acabou caducando com o tempo.

REG: O discurso político não é o tema em todas as músicas. O que mais te inspirou nessas novas canções? Aliás, quando elas foram compostas? Você foi gravando aos poucos e teve um período definido, mais recente?

lobaoorigorLobão: Eu me disciplinei muito quanto ao fator proporção. Música de teor político desgasta muito a obra e condena o material a datação inevitável. Por isso mesmo tentei abstrair ao máximo minhas “queixas” para que desse uma amplitude de vida sem risco de datamento para o disco. O que mais me inspirou foi toda a pressão que assolou a minha vida, o meu dia a dia nesse período. Foi uma espécie de compromisso comigo mesmo de transformar em beleza e potência toda a merda que estava passando. Uma devolução cultural e uma declaração explícita que nada poderá me reduzir ao diapasão da mediocridade reinante. Tudo para mim enquanto artista é combustível para a celebração da maravilha que é ser um parque de diversões de si mesmo. Nada pode me fazer tão livre: “O renegado assume as asas que aspirou e grita: aleluia!”.

REG: As letras, dessa vez, na forma, aparecem com um vocabulário mais rebuscado, menos simples, até os títulos são maiores, mais complexos. Contribuiu para isso a experiência como escritor, iniciada com a biografia “50 Anos a Mil”?

Lobão: O principal motivo é meu total descompromisso de fazer um disco radiofônico. Meu único desejo era fazer algo… lindo! Sim! Escrever livros me transformou numa outra pessoa. Amadureci muito, organizei todas as minhas ideias, me tornei muito mais habilidoso e proficiente em lidar com o texto e acoplar nesse texto todas as necessárias inflexões musicais para lhe dar a devida ênfase. Por isso, repito: tudo que tive em mente foi fazer o disco mais lindo que já fiz em toda a minha vida.

REG: Seu disco de estúdio mais recente é “Canções Dentro da Noite Escura”, que homenageia o Leblon, bairro marcante no início da sua carreira. Agora você está estabelecido em São Paulo e lança esse álbum. Que paralelo pode se feito entre os dois?

Lobão: Nenhum. Esse disco não tem nenhum ponto de referência geográfico. É uma viagem profunda ao centro de meus anseios, questionamentos, insights, afetos, descobertas e perdas.

REG: “Os Últimos Farrapos da Liberdade” é de certa forma ligada a esse período do “Canções…”?

Lobão: Não. Essa canção é uma espécie de antípoda de “Dilacerar”. As duas tratam sobre o banimento, só que “Dilacerar” é confrontal, é ameaçadora, e “Os Últimos Farrapos da Liberdade” trata o banimento como forma de retirada, de saída da cena, de ir embora para nunca mais voltar: “Eu sei que já vou tarde vou com os últimos farrapos de uma liberdade que essa terra deserdou”. Esse disco poderia ser observado como um instantâneo do que considero o pior momento histórico vivido pelo Brasil. Faço questão que ele seja lembrado dessa forma: um disco lindo feito em meio de uma merda brega, medíocre e canastrã.

REG: No início dos anos 2000 você encontrou como saída para seguir lançando discos o modelo “encartado em revista”, que acabou resultando na Outracoisa. Que paralelo você traçaria entre as duas alternativas e as duas épocas?

Lobão: Talvez a minha insatisfação em compactuar com o status quo da cena brasileira. Estou sempre a procura de uma alternativa mais eficaz, mais criativa, mais independente para escoar o meu trabalho.

REG: Quando você retornou para uma grande gravadora para lançar o “Acústico”, o acordo era o relançamento de toda a sua obra, mas apenas aquele caixa – ótima, por sinal – foi lançada. O que deu errado no processo?

Lobão: Quando um não quer, dois não brigam. A Sony não estava entusiasmada em lançar e me garantiram que lançar toda minha obra seria um fracasso retumbante. Ok. Sem apegos. Tenho coisas mais importante a fazer, uma vez que, perante a mim mesmo, a obra “fodona” que vai ser realmente associada como meu verdadeiro trabalho está recém nascida. Eu tenho o maior carinho pelos meus discos anteriores, mas não tenho muito saco para ficar lutando pela existência deles no mercado, tenho coisa muito melhor a oferecer.

REG: Ainda tem contrato ou algum tipo de acordo com a Sony?

Lobão: Não. Valeu muito o “Acústico” só pelo fato de ganhar um Grammy de melhor disco de rock daquele ano de 2007 com um disco acústico! Já foi o bastante.

REG: Por conta de suas posições políticas você tem sido atacado e até boicotado pela grande mídia. Em que medida isso atrapalha seu trabalho como músico?

Lobão: Pelo que tenho dito acima na nossa conversa aqui, essa pressão só me ajuda a fazer coisas cada vez mais lindas! Basta ouvir “O Rigor e a Misericórdia” e constatar o que estou dizendo. O verdadeiro artista tem obrigação de se alimentar de revezes, pois não há estilo sem fracasso. Essa é a grande força do artista. É a grande mágica da transformação da realidade em abstração musical.

REG: Nos shows você tem alterado as letras de algumas músicas para fazer críticas ao governo. Não acha que isso pode despontar fãs mais interessados na música do que em suas posições políticas? Ou uma coisa não se dissocia da outra?

Lobão: Sempre fiz isso. E desde sempre esse perigo nunca corri. Tenho coisas muito mais interessantes e intensas acontecendo no show. Jo soy Lobón e quem quiser que venha atrás.

REG: Você se sente mais perseguido agora, ao criticar um governo de esquerda, ou quando apoiava a esquerda, inclusive em campanha eleitoral, como naquele episódio do Faustão?

Lobão: Eu não em sinto perseguido nunca! Eu sou o predador, eu sou o causador de danos ou o transformador de situações negativas em belas canções. Nada pode deter uma pessoa feliz. Só tenho a agradecer a todos pela incrível carga de material para as minhas composições e para a minha evolução pessoal e como artista. Meus inimigos são, antes de tudo, meus halteres.

REG: Como está o filme baseado em sua biografia?

Lobão: Acho que “melou”, e te confesso que estou aliviado com isso. O cinema brasileiro só funciona na base de lei Roaunet e eu jamais admitiria que um filme sobre a minha vida saísse nessas condições

REG: Você planeja uma turnê de lançamento com banda para esse disco, certo? Conte como e quando isso irá acontecer.

Lobão: Sim! Vou elaborar uma turnê via crowdfunding e quero me deter na formação da banda, uma vez que um power trio dificilmente reproduzirá a textura sonora do disco. Acredito que vá inserir no nosso grupo um guitarrista/violonista e um tecladista/guitarrista. Quero fazer um show que seja literalmente viajante.

REG: Com a Outracoisa você ajudou a dar visibilidade a várias bandas independentes. Que lembranças você tem desses artistas? Desistiu dessa tarefa de impulsionar os independentes?

Lobão: Eu tenho muito carinho por todos eles e desejo o melhor pra todos eles. Haverá uma ligação entre nós para sempre. É um vínculo muito forte, mas agora, bem… agora é a minha hora.

Lobão toca guitarra para o novo álbum, lançado após projeto de crowdfunding superar a meta em 22%

Lobão toca guitarra para o novo álbum, lançado após projeto de crowdfunding superar a meta em 22%

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Comentários enviados

Existem 6 comentários nesse texto.
  1. Alex Brum Machado em dezembro 22, 2015 às 10:12
    #1

    Acabou a paumolecência! Lobão na artéria!!! :)

  2. Danilo Almeida Pinheiro em dezembro 22, 2015 às 10:53
    #2

    Grande Lobão! Um dos únicos artistas com dignidade! Deus abençoe!

  3. Sergio em dezembro 25, 2015 às 18:19
    #3

    Lobão é o cara! O Rigor e a Misericórdia é um disco monumental.

  4. maria ap rosa em dezembro 28, 2015 às 15:04
    #4

    Saudade de ouvir o que é bom… o que é música de verdade!!!

  5. Saulo Resende em dezembro 28, 2015 às 16:26
    #5

    Bela entrevista, Lobon!

  6. Marcela de Miranda Klein em janeiro 8, 2016 às 15:29
    #6

    Ótima entrevista. São poucos os artistas que conseguem analisar assim seu próprio trabalho. É impressionante a clareza do Lobão, estou muito ansiosa pelo disco.

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