Pegar músicas que fazem sucesso no underground, regravar uma por uma e lançar todas reunidas, num único álbum. A ideia não chega a ser uma novidade, mas a duplinha Miranda Kassin & André Frateschi dercidiu colocá-la em prática. Assim, lançaram, no ano passado, o disco “Hits do Underground”, com músicas de gente boa como Vanguart, Wander Wildner, Ludov e Rubinho Jacobina, entre outros. A coisa deu certo, o CD circulou e agora eles vão tocar neste final de semana no SWU Music & Arts Festival, em Paulínia. Fomos saber com o André Frateschi mais sobre a apresentação deles, que acontece no sábado, dia 12, no Palco New Satge, entre outras novidades. Dê uma olhada:

Rock em Geral: Como vai ser o show do SWU? Vão tocar o repertório do “Hits do Underground” ou há outras músicas no roteiro?

André Frateschi: O repertório terá como estrutura o “Hits do Underground”. Queremos aproveitar a oportunidade e levar o disco para um público tão grande e diverso como o do SWU. De alguma forma pra nós, a sensação é de missão cumprida. O disco saiu do underground e chegou num mega festival. Além disso, vamos tocar coisas que já interpretamos em nossos outros projetos. Pode esperar (David) Bowie, Amy (Winehouse) e otras cositas.

REG: Vocês vão tocar no dia em que as atrações são voltadas para o hip hop, reggae, etc. Acham que estão bem escalados? Incomoda tocar no palco secundário?

André: Acho divertido o disco ser escalado para o dia mais pop. Uma de nossas ideias no disco era deixar as músicas com uma pegada mais pop e aproximá-las de um público mais amplo. É um belo teste para nós. Quanto ao palco que iremos tocar, não incomoda nada. Incomodaria não tocarmos em nenhum deles.

REG: Vocês pretendem circular nos três dias do festival? Que shows pretendem assistir?

André: Alugamos uma chácara em Paulínia para termos um QG e ficarmos perto do SWU. Queremos ver muita coisa. Os primeiros da lista são Peter Gabriel, Sonic Youth, Primus, Duran Duran, Faith No More e Emicida. No nosso palco, Hole, Modest Mouse e Sabonetes.

REG: Como vocês escolheram o repertório do “Hits do Underground”?

André: Convivemos com muitos músicos e bandas que circulam pelo Baixo Augusta. Troca-se muito CD, o que é muito bom. Fizemos uma lista com 30 músicas que fizeram barulho na cena underground na década passada. Fomos vendo qual tinha a nossa cara e chegamos às 11 faixas. Muita coisa ficou de fora e muita coisa boa foi produzida esse ano. Houve uma exceção que foi Os Mulheres Negras, banda do André Abujamra e do Maurício Pereira que eu fui fã de carteirinha.

REG: Com a boa repercussão do “Hits do Underground”, vocês pensam em gravar uma segunda parte?

André: Sim! Já estamos pesquisando repertório e sonoridades pro próximo “Hits”. Algumas músicas já nos ganharam e estamos pensando em fazer o disco maior. Queremos chamar amigos pra gravar com a gente.

REG: Afora a carreira de intérpretes, vocês tem material próprio e/ou inédito para lançar?

André: Estamos tocando em paralelo nosso projeto autoral. Já estamos gravando. A produção é do Fábio Pinczowsky e do Mauro Motoki. São amigos e parceiros musicais, o que gera um conforto pra nós. Decidimos gravar ao vivo, e num sítio para dar uma temperatura e um risco maiores. As imperfeições interessam. Estamos abrindo espaços para essas coisas.

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