Essa é só para os iniciados mesmo. Não que o Genesis não seja uma banda merecedora de um tributo; ao contrário, o grupo é seguramente um dos top 5 do rock progressivo em todos os tempos. Mas é que além de grande parte das músicas serem certamente as mais obscuras da carreira da banda inglesa, os intérpretes que prestam tributo ou são conhecidos apenas no fechado círculo do rock progressivo, que ainda resiste bravamente, ou trata-se de medalhões convidados especialmente para participar.

O disco foi lançado originalmente em 1998, e chega agora o Brasil na carona da turnê de reunião anunciada no início do ano. Dentre as músicas mais conhecidas estão “The Carpet Crawlers” (do famoso verso“we’ve gotta get in to get out”), tocada por John Ford, líder do Strawbs, que – diga-se - ainda está na ativa; “The Return Of The Giant Hogweed”, com a obscura banda americana de rock progressivo Spirits Burning; e “Dance With The Moonlit Knight”, interpretada pelo duo sueco Darxtar, que levou a coisa para um lado mais eletrônico – e até que ficou legal.

Já entre os artistas mais conhecidos aparecem o guitarrista Patrick Moraz, ex-Yes, junto com o batera Ronnie Ciago, com “Los Endos”, numa versão curiosamente recheada de teclados; John Wetton (King Crimson, Asia…), com uma “Your Own Special Way” que vale pela voz diferenciada; Daevid Allen (do Soft Machine), reinterpretando a boa “Visions Of Angels”; e o sueco Flower Kings, que quase pegou leve, para os padrões da banda, em “The Cinema Show”, sem dúvida uma das melhores do CD. Os teclados também comandam na boa versão para “Broadway Melody Of 1974” feita pelo grupo americano “Controlled Bleeding”. É ou não é só para iniciados?

Tags desse texto: Genesis