No Mundo do Rock

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Com primeiro disco de inéditas em 18 anos, lançado por gravadora independente, Faith No More quer mostrar que não perdeu a essência inovadora depois de recesso. Fotos: Dustin Rabin/Divulgação (1) e Divulgação (2 e 3).

Faith No More 2015: Jon Hudson, Billy Gould, Mike Patton, Mike Bordin, um amiguinho e Roddy Bottum

Faith No More 2015: Jon Hudson, Billy Gould, Mike Patton, Mike Bordin, um amiguinho e Roddy Bottum

Quando a reunião se consolidou, em 2009, era para ser apenas para fazer turnês pelo mundo tocando os sucessos da carreira. Mas, show vai, show vem, uma música nova aqui e outra acolá e o Faith No More lança, no próximo dia 19, “Sol Invictus”, o primeiro disco de inéditas em 18 anos. Um feito e tanto para um grupo que se acostumou a se colocar à frente de seu tempo, sobretudo na virada da década de 80 para a de 90, quando ajudou a criar vários segmentos da música pesada. No Brasil, ficou famoso depois de cair nas graças da programação da MTV, quando esta tinha importância, e por “roubar a cena” do Guns N’Roses em pleno palco do Rock In Rio de 1991. Quem não se lembra?

Mesmo sem o brilho do guitarrista Jim Martin, que deixou a banda em 1993 - segundo consta, para plantar abóboras - e não quis mais voltar, o grupo não perdeu a gana de se renovar, a julgar pelas músicas novas que o mundo inteiro tem baixado antes mesmo de o disco sair, já que o material há tempos circula pela web. Mais independente ainda, agora que tem contrato com a gravadora Ipecac, cujo dono é o vocalista Mike Patton, “Sol Invictus” mostra o Faith No More como ele “realmente é”, nas palavras do baterista Mike Bordin. Junto com Patton e o baixista Billy Gould, eles formam o núcleo central da banda, completada pelo guitarrista Jon Hudson e pelo tecladista Roddy Bottum.

Bordin atendeu a reportagem deste Rock em Geral por telefone, direto de um hotel onde estava hospedado em Chicago, nos Estados Unidos, onde a banda tocaria naquela noite. Muito empolgado com a boa fase da banda depois de tanto tempo, ele falou sobre as gravações do novo disco; de como a reunião aconteceu com essa formação; sobre as expectativas para os shows que a banda faz no Brasil em setembro, no Rock In Rio, na noite do dia 25, e também em São Paulo; e sobre as lembranças do primeiro show deles no Brasil, aquele mesmo de 1991. Veja abaixo a íntegra da conversa, e tente não se deixar levar pelo entusiasmo do baterista:

Rock em Geral: Quando vocês voltaram, em 2009, não havia a intenção de lançar um disco com músicas novas. Com o tempo vocês mudaram de ideia? Como se deu esse processo?

Mike Bordin: Aconteceu depois que fizemos alguns shows e foi dando certo. Fizemos mais alguns shows e saímos sem que um odiasse o outro. É como marcar um encontro com uma garota, você sai e se dá certo você sai uma segunda vez, se diverte. Só queríamos dar um passo de cada vez e chegamos a um ponto de ter feito uns 30, 40 shows, quando ficou bem óbvio que o som que fazíamos estava muito bom, que estávamos tocando bem juntos, estávamos gostando do que fazíamos. E chega um ponto em que você não consegue mais fazer a mesma coisa o tempo todo, não é honesto. Não estávamos atrás de nostalgia, não queríamos ficar só com o que já havíamos criado, isso era coisa de 1992, não era o que procurávamos. Tocamos as músicas para ver como ficariam, fizemos os shows para ver se funcionariam e depois que sacamos que tudo ficou tão bom, nos demos conta de que tínhamos algo a dizer, e era dizer ou parar. Foi quando a primeira música nova apareceu, e foi na América do Sul, nos shows de Argentina, Brasil (veja como foi, no SWU) e Chile, não tenho muita certeza onde foi (a música “Matador” foi tocada pela primeira vez em Buenos Aires, em novembro de 2011). Então gravamos o disco e estamos muito felizes com tudo. Isso é maior que todos nós, é realmente incrível, porque não esperávamos, nenhum de nós. Nós não brigamos, não estragamos tudo, não botamos tudo a perder e temos este disco pronto, o que é incrível.

REG: Você parece muito empolgado com a feitura desse disco…

Mike: Não só eu, todos nós estamos! É diferente de todos os outros discos que já fizemos e de quando fizemos entrevistas falando “gostamos disso ou daquilo, o som é bom” (debochando)… Todos nós gostamos muito desse disco, e estou muito agradecido por isso. Não tínhamos nenhuma garantia de nada, então imagine ter hoje um disco novo que todo mundo na banda adora, a essa altura do campeonato? Estou realmente orgulhoso disso, é espantoso.

REG: Por vezes parece que não é possível fazermos algumas coisas, mas é!

Mike: É que a gente nunca sabe. É preciso fazer as coisas na ordem certa. Se em 2009 disséssemos que voltamos e iríamos fazer um disco… Não tínhamos tocado juntos, nem ao menos nos víamos uns aos outros. Precisamos nos dar conta de quem éramos, fazendo a música que fazíamos, quem somos no palco agora, para depois saber para onde iríamos. É preciso dar esses passos em primeiro lugar, antes de saber no que tudo vai dar, e fizemos. Fizemos a lição e aqui estamos.

REG: É verdade quem em principio o Mike Patton não queria gravar um disco, mas aí os outros integrantes começaram a compor e depois ele se juntou ao processo?

Mike: Ele se juntou ao processo quando era para se juntar. Bill (Billy Gould) já tinha muitas demos gravadas ao longo do tempo, e ele me mostrou essas demos para colocarmos bateria nelas, fazer uns arranjos, mudar isso, mudar aquilo. Como o Bill disse, era óbvio que um disco do Faith No More já estava em curso. Porque quando a bateria encaixa e baixo e bateria dão certo, e você pode sentir, é só trabalhar em cima. E aí, sim, começamos a trabalhar com o Mike e ele gostou e foi incrível, porque – de novo – ninguém tinha a garantia de que daria certo. Era preciso tentar e sabíamos que deveria ser um passo de cada vez. Porque se tivermos que dizer algo, temos que dizer da melhor forma que já fizemos, senão é melhor não dizer nada. Não faríamos – eu, Bill ou Mike – algo que não fosse bom o suficiente para nós mesmo. Tenho que dar o melhor que tenho quando faço música, assim como é o Faith No More no palco, dou o máximo que posso, de verdade. É o que todos fazemos, damos para o público o melhor que temos. Por isso estou muito orgulhoso, acho que podemos sentir que estamos na mesma direção, que estamos diante de uma coisa realmente grande.

REG: Acabou que a produção ficou por conta do próprio Billy, em vez de vocês tentarem trabalhar com alguém de fora da banda…

Mike: Alguma coisa acontecia durante as gravações que ficava tudo melhor e melhor. Quanto mais gravámos as baterias num espaço, melhor soava, e então foi tipo “temos músicas prontas para a mixagem e precisamos de alguém para fazer isso”. Com o passar do tempo, foi ficando muito óbvio que o trabalho que vinha sendo feito nessas músicas, do Mike, por exemplo… eu ouvia os vocais e pirava com isso. A performance dele em cada música é algo inacreditável. E ele fez tudo por conta própria, ele era o próprio engenheiro de som dele. E foi a mesma coisa com o Bill, as músicas se tornavam mais e mais desenvolvidas, então foi ficando óbvio que ninguém mais poderia produzir esse disco, honestamente falando. Não acho que outra pessoa gastaria tempo para fazer desse álbum o que ele tinha que ser. Foi um verdadeiro trabalho feito com amor, na clara definição de “trabalho de amor”. Foi feito por nós, para nós e foi feito conosco. Isso é o Faith No More como ele realmente é.

REG: O genuíno, o mais puro Faith No More…

Mike: Eu acredito que sim, ninguém de fora se meteu, ninguém disse o que podíamos e o que não podíamos fazer. É o que sempre aconteceu no passado. Tipo, a gravadora quer isso, a gravadora disse que você tem que fazer aquilo, o empresário pediu isso, não temos mais isso…

REG: Se bem que agora o Mike é o chefe de vocês (o disco vai ser lançado pela gravadora Ipecac, de propriedade de Mike Patton)…

Mike: (risos) Ele é o presidente da minha gravadora! Tem noção de o quanto isso é incrível? Mas vou reforçar: teve que levar esse tempo todo para chegarmos aqui, não pulamos nenhuma etapa do caminho. É preciso ter muita noção e experiência o bastante para não foder com tudo, colocar tudo a perder. Por isso estou muito orgulhoso. Toda a culpa e todo o mérito vêm de nós mesmos.

faithnomoresolgrandeREG: Você falou que o Mike fez um ótimo trabalho nos vocais, mas o quanto ele contribuiu com o processo de composição das músicas?

Mike: Ele é um “cachorro grande”. Ele pode ir até onde ele pode ir, entende o que eu quero dizer? Ele canta do jeito que ele quer cantar. A melhor coisa foi, no processo de colaboração, que ele estava bem confortável, ao menos de como ele falava. Estava se divertindo muito fazendo tudo, bem à vontade e com naturalidade, e também não parecia nada difícil para ele, no fim das contas. Mas o que eu quero dizer sobre isso é que na hora H o Bill é o cara. Porque ele e o Bill trabalham bem juntos, eles ajustam tudo ao colocar todos os elementos juntos. Quanto a mim, eu atuo mais na parte dos arranjos, por isso preciso ver como Mike vai fazer os vocais, o que pode ser maior ou menos de minha parte, muito mais com os arranjos…

REG: Afinal você é um baterista…

Mike: Exato. Para esse trabalho de compor propriamente dito, as coisas ficam com o Bill e com o Mike, e em algum ponto eu vi como era bom, confortável. Conversando com o Mike, ele disse que adora esse disco, que foi divertido fazer e que gostou muito e está orgulhoso dele. Todos na banda adoraram o resultado final, não há muito mais o que dizer a não ser que estou muito grato por isso tudo.

REG: Os discos do Faith No More sempre têm músicas bem diferentes umas das outras, o que é bom. Mas como isso funciona para vocês na hora de compor, é como se fosse uma premissa gravar faixas tão distintas entre si?

Mike: Ah, não é uma regra, e só como as coisas são…

REG: Achei que você fosse mesmo dizer isso…

Mike: Tem que ser desse jeito, porque se você tenta fazer algo de certa maneira como premissa, acho que é errado, porque você vai ter “alguém dirigindo o ônibus” que não seja a própria música. E nunca sai como deveria ser. Falando de tempos passados, quando a gravadora rotulava tudo, tipo “você é o cara do rock, você é o cara do rap, você é o cara do funk”, parecia que cada um era uma coisa só. E nessa banda nunca foi assim. Cada integrante nessa banda pode trabalhar com várias coisas, somos todos pessoas muito diferentes entre nós. Se todas as músicas são diferentes entre si ou algumas delas são diferentes de outras, é só como nós somos. E também, se não fosse assim, encheríamos o saco. Nós nunca fizemos uma “We Care a Lot Part 2”, mudamos a cada álbum, a preocupação é sempre fazer algo melhor do que já fizemos.

REG: Daí parece ser difícil escolher o nome de uma música para ser o nome do disco. Como vocês chegaram ao “Sol Invictus” para ser o título dessa vez?

Mike: Sempre deixamos para a última hora e dessa vez parecia óbvio que seria essa música. Escolhemos sempre pela música e não pelo título em si. Primeiro existiu a música “Sol Invictus” para depois ter o álbum “Sol Invictus”. Foi o mesmo com o “The Real Thing” (de 1989), com o “King For a Day” (“King for a Day… Fool For a Lifetime”, de 1995), “Indroduce Yourself” (de 1987)… vem sempre a música antes e depois o título do disco, e sempre depois de termos todas as músicas juntas. Sei lá, escolhemos aquela que parece óbvio para nós que tem que ser o título. Nunca é difícil escolher, nunca dos deu trabalho, é meio no feeling, algo que faz sentido. Nesse caso “Sol Invictus” é a música certa porque - sei lá - fala de ter respeito por si próprio, de fazer o seu melhor e não ligar para o que falam, de fazer o melhor que você pode. É difícil ficar falando, mas faz todo o sentido para mim.

REG: E escolher “Motherfucker” como single? A música não parece nada fácil de tocar em uma rádio, por exemplo, a começar pelo título…

Mike: (risos) Acho que de alguma forma faz sentido, tem o Roddy e o Mike cantando juntos, o que eu gosto. Foi uma das músicas que o Mike fez o refrão, Roddy fez os versos, e é uma música bem simples, bem direta. Para mim a música é simples e forte para uma primeira impressão. Tocamos essa música ao vivo bem antes de o disco ficar pronto e foi bom, funcionou. Acho que o título sozinho é bom, dá o recado de que vamos tocar as nossas músicas do jeito que quisermos e que estamos cansados de fazer algo no formato do rádio, de participar do jogo. Essa é a nossa música e vamos tocá-la desse jeito, acho que esse é a melhor maneira de dizer isso.

REG: Além dela, você deve ter suas faixas favoritas no disco…

Mike: Eu honestamente gosto de todos os meus “filhos”, e adoro todas elas reunidas. Mas eu realmente gosto de “Black Friday”, que é um pouco diferente, um pouco “up tempo”. A “Matador”, porque é grande, intensa e emocional, adoro “Sol Invictus” e também “Sunny Side Up” e “Cone Of Shame”, que tem uma performance vocal fabulosa. Esses são os destaques para mim, pensando assim rápido.

REG: Se uma comparação fosse possível, este disco está mais para “The Real Thing” ou para “Angel Dust” (1992)?

Mike: Taí uma boa pergunta (pensativo)… Eu não sei por que, mas eu provavelmente diria “Angel Dust”, porque é um pouco obscuro, talvez um pouco mais taciturno e emocional, mas trata-se na verdade de uma grande pergunta, ninguém tinha me perguntado isso antes (intrigado)… O que você acha?

REG: Sei lá, também não tenho a resposta agora, preciso ouvir esse disco novo mais vezes…

Mike: (risos) É uma boa resposta!

REG: Você considera esses dois discos os melhores do Faith No More?

Mike: Eu não sei, adorei a experiência de ter feito o “King For a Day…”. Adoro esse disco, mas eu não sei, eu consigo achar coisas boas em todos eles, sempre fizemos o melhor que podíamos em cada época.

REG: Quando rolou a reunião, em 2009, vocês cogitaram chamar o guitarrista Jim Martin e o vocalista Chuck Mosley, ainda que para tocar apenas em alguns shows?

Mike: Tivemos umas conversas com o Jim, mas não foram adiante, não funcionou. Posso dizer muitas coisas sobre isso, mas o que eu preciso dizer é que para mim, estou satisfeito com o Jon, esses dois discos nos quais o Jim não tocou (“King for a Day… Fool for a Lifetime” e “Album of the Year”, de 1997) eu realmente adoro. Com o Jim, acho que não teríamos feito esse disco. Éramos muito próximos no passado, mas não tivemos a oportunidade de ver ser ele poderia fazer este disco. Então não teríamos chegado até aqui. Com o Chuck nós fizemos alguns shows em San Francisco, o que foi muito divertido, e tentei chamar o Jim para participar dos mesmos shows, mas simplesmente não funcionou. Para mim estar no Faith No More agora, em 2015, é definitivamente sobre viver o agora, em algo diferente do que foi no passado, senão não teríamos feito esse disco. Acho que tomamos a decisão certa porque temos esse disco e, se não fosse assim, não o teríamos feito de outra maneira.

REG: O Mike tem a fama de não gostar de fazer turnês com o Faith No More por que considera a banda “mainstream demais”, e que prefere tocar com os projetos dele, menores. É isso mesmo?

Mike: Eu acho esse raciocínio um pouco simplista. Ele pode ter dito isso no passado, mas se eu acho isso? Não, não acho. E de novo: porque temos um álbum que gostamos muito e estamos entusiasmados para tocar. Ele também está pilhado para tocar, é o que eu disse, tudo está funcionando agora como deveria funcionar, é por isso é muito bom estar nessa banda nesse momento. Temos um disco que todos concordamos e acreditamos e queremos tocar. É isso que é excitante em 2015, é muito especial e que eu gosto muito.

REG: Vocês vão tocar no Rock In Rio, em setembro, já pensaram se vão tocar um repertório de clássicos ou se vão incluir muitas músicas novas?

Mike: Ah, sempre misturamos… Já temos tocado as músicas desse disco antes de ele ser lançado! Vamos tocar as músicas que você espera que toquemos, músicas que você não faz ideia que tocaremos e algumas novas também.

REG: Quantas músicas do disco novo vocês tem tocado nos shows recentes?

Mike: Já tocamos nove no palco, a única que ainda não fizemos é “Rise Of The Fall”. Em geral colocamos umas três, talvez quatro. Entre umas 20 que tocamos é um bom percentual de material novo. Mas não tocamos as mesmas novas toda noite, vamos mudando.

REG: A primeira vez de vocês no Brasil foi no Rock In Rio de 1991 e muita gente tem esse show como um dos melhores do festival em todos os tempos. O que você se lembra dessa época?

Mike: Foi insano! Superou nossas expectativas. Como pessoa e como banda, nós fomos feitos para aquilo, para aquele caos, aquela energia que adoramos e na qual sobrevivemos. Sentimos muito essa energia e sempre pensamos em voltar, aquilo é uma grande parte do que somos, é o que somos profundamente, sem erro. Acho que todos aproveitamos bem, é especial para todos nós.

REG: Você considera esse um dos melhores shows de toda a careira do Faith No More?

Mike: Ah, eu não sei, nunca penso em coisas desse tipo. Certamente foi um dos mais importantes, não há dúvidas sobre isso. Tocar um palcão daqueles, com grandes bandas e um público enorme, e ter a chance de mostrar quem éramos, com paixão e força… Sim, foi uma grande noite, absolutamente.

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Comentários enviados

Existem 4 comentários nesse texto.
  1. Rafael Mendes em maio 8, 2015 às 14:43
    #1

    Excelente entrevista, confesso que antes de ler achei que o Bragatto iria criticar o Patton, rs! Mas parabéns, mandou bem e fez uma bela descrição sobre a banda antes da entrevista. Abraços!

  2. pablo pinheiro em maio 8, 2015 às 14:53
    #2

    Maneira a entrevista. Dá medo desse set list deles que como dito aí pelo próprio Mike, é sempre diferente, surpresa. Mas Faith No More e Mötley Crüe são os shows que mais quero ver esse ano.

  3. Marcos em maio 9, 2015 às 19:01
    #3

    Concordo inteiramente com o Bordin. Com o Jim Martin, eles jamais teriam feito um disco como o “Sol Invictus”, tão CHATO.

  4. Pierre em maio 11, 2015 às 17:18
    #4

    Esse single é muito ruim. Se o álbum for nessa linha, vai vender 500 cópias no aitunes.

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