A vocalista do Madame Saatan, Sammliz Samm, vai iniciar uma carreira solo e, consequentemente, o grupo entra em recesso. É o que diz a própria Sammliz, em uma mensagem postada nesta quarta (23/4), no site oficial da banda paraense. Segundo o texto, trata-se de um “desligamento temporário”, porque a cantora “há muitos anos acalenta a vontade” de lançar um disco e tem vontade de “experimentar outras sonoridades”. Contudo, a vocalista acredita que “não é o fim do Madame Saatan, apenas umas férias que a banda tira”. O prêmio de consolação para os fãs é o EP “11 Anos na Missão”, com raridades do grupo, cujo conteúdo é destrinchado no mesmo post, que inclui um clipe retrospectivo com a música “Moira”; clique aqui, leia a íntegra do post e saiba tudo.

Embora o texto publicado no site tenha mais dúvidas do que certezas, a julgar pelas recentes participações de Sammliz em projetos de gosto duvidoso da música paraense, e pela declaração do empresário da banda, Bernie Walbenny, segundo a qual “não se cogita colocar outra (vocalista) no lugar (de Sammliz)”, publicada hoje no G1 (leia aqui), na prática, trata-se do fim do Madame Saatan. Um grande pena e uma perda para o rock nacional, que fica sem um de seus maiores e mais criativos representantes.

O disco mais recente do Madame Saatan é “Peixe Homem”, lançado em 2011 (leia a crítica). O álbum gerou dois videoclipes, para a faixa-título e para a música “Até o Fim”, ambos dirigidos por por P.R. Brown e pelo fotógrafo Jaron Presant, cujos currículos incluem trabalhos com nomes consagrados do rock mundial, como Slipknot, Smashing Pumpkins, Audioslave e Foo Fighters, entre outros. A locação se deu nas Ruinas do Murucutu, em Belém do Pará, com uma equipe de mais de 20 profissionais. Além de “Peixe Homem”, o Madame lançou outro álbum, “Madame Saatan”, em 2007 (resenha aqui), e a demo “O Tao do Caos”, em 2004.

Tags desse texto: Madame Saatan