Morreu na manhã deste domingo (27/10) o músico Lou Reed. Reed fez parte do Velvet Underground nos anos 60 e foi uma referência para o punk e o pós punk nas décadas de 70 e 80. Nos anos 90 e 00 trilhou carreira respeitada como artista solo, e, em 2011, lançou o álbum “Lulu”, junto com o Metallica, sendo este álbum o seu último trabalho.

A morte é decorrente das complicações hepáticas resultantes de um transplante de fígado realizado em junho (veja aqui). Em julho, o músico foi internado com desidratação (saiba mais). Lou Reed tinha 71 anos.

Lewis Allan Reed nasceu no Brooklyn e foi criado em Long Island. Em 1967, lançou o álbum de estreia de sua banda, “The Velvet Underground & Nico”, que, ajudado pela com capa de Andy Warhol (a da banana), se tornou um ícone do rock e do pop em todos os tempos. Reed e Warhol tinham em comum um olhar sobre sobre o underground novaiorquino que incluía personagens pouco convencionais como prostitutas, travestis, cafetões e traficantes.

No início dos anos 1970, Lou Reed saiu em carreira solo lançou os álbuns “Transformer” (1972), “Berlim” (1973), “Metal Machine Music” (1975) e “New York” (1989), e, embora longe do sucesso comercial, se tornou um dos mais influentes músicos do rock. É atribuída a ele a primeira referência do que seria o punk rock, criado em Nova York em 1975.

O último álbum solo gravado por Reed é “Hudson River Wind Meditations”, de música “ambiental”, lançado em 2007. Em 2011, lançou, em parceria com o Metallica, o álbum “Lulu”, que desagradou tanto a crítica sempre defensora do músico quanto aos fãs de heavy metal.

O músico era casado desde 2008 com a também artista Laurie Anderson, sua companheira de muitos anos. Sua música mais conhecida é “Walk on the Wild Side”, do álbum “Transformer”. O título da música aparece como um dos versos da canção “Só as Mães São Felizes”, lançada por Cazuza em 1985 no álbum “Exagerado”.

Lou Reed esteve no Brasil por três vezes, a última delas em 2010, cuja turnê tentava reviver o período do barulhento álbum “Metal Machine Music”, de 1975. As outras duas passagens aconteceram em 2000 e 1996. (Com informações da “Rolling Stone” americana e da “Folha de São Paulo”).

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