Os caras vão ter que deixar o estúdio de gravação, no Rio de Janeiro, para tocar no último dia do Lollapalooza, e já prometem mostrar algumas das músicas novas. O terceiro álbum do Vanguart, ainda sem título definido, é o primeiro com um produtor de fora da banda, no caso o (já) cascudo Rafael Ramos, e essa pode ser a peça que faltava no quebra-cabeça do sucesso do grupo, que há tempos bate no teto do underground, querendo subir para ao andar de cima.

E a responsabilidade só aumenta. Tirando o cabeça de chave Planet Hemp (saiba mais), o grupo é o que toca mais tarde no festival, concorrendo com o Kaiser Chiefs em um dos palcos paralelos, e antes do superestimado Hot Chip. Talvez pelo bom momento, o líder da banda, Hélio Flanders, aposte num álbum “menos sofrido” que o anterior, “Boa Pate de Mim Vai Embora”. É o que ele conta nessa - suada - entrevista por e-mail:

Rock em Geral: Qual a expectativa de tocar num festival de grande público como o Lollapalooza? É o maior em que vocês já tocaram, certo?

Helio Flanders: Ainda não temos muita dimensão do que vai ser tocar no Lolla, sem dúvida é o maior festival que já tocamos. Por hora só pensamos em fazer um bom show, tentar compilar o que temos de show e nos entregarmos totalmente na apresentação.

Rock em Geral: O show vai ser mais ou menos o mesmo que vocês vêm fazendo ou, por causa do palco grande e da repercussão do evento vocês vão fazer algo diferente?

Helio: Vai ser uma espécie de “best of” do que temos apresentado nessa última turnê, das coisas que já sabemos que funciona, somado a uma ou duas músicas que estarão no nosso terceiro álbum.

Rock em Geral: Vocês vão tocar no domingo, “quase fechando” o palco alternativo. Achou que foi boa a posição para a banda, antes do Hot Chip?

Helio: Confesso que ficamos bem surpresos com a escalação. Imaginei que fôssemos tocar mais cedo, mas vamos tocar paralelamente ao Kaiser Chiefs, então precisamos fazer bonito! (risos) Agora é aproveitar e dar o máximo.

Rock em Geral: Sobre o disco novo, o que você pode adiantar?

Helio: Ainda não definimos o título do álbum, mas estamos muito contentes com o trabalho. Pela primeira vez temos um produtor trabalhando junto com a gente, o Rafael Ramos, e tem sido ótimo ter uma visão “de fora”. Já testamos nos últimos shows algumas, como “Demorou Pra Ser”, “Sempre Que Estou Lá” e “Pra Onde Eu Devo Ir”, e a recepção do público foi ótima.

Rock em Geral: O disco anterior, “Boa Parte de Mim Vai Embora”, é bem introspectivo, triste até. É essa a vibe do disco novo?

Helio: O novo disco é bem diferente do anterior, em todos os sentidos. É mais solar, menos sofrido, mais pop, mais easy… as coisas vieram desse jeito, e quando percebemos, seguimos nessa onda. Estamos muito felizes com o porvir.

LOLLAPALOOZA

O Lollapalooza acontece nos dias 29, 30 e 31 de abril, no Jockey Club, em São Paulo. Ao todo, são cinco palcos: Cidade Jardim (o principal), Butantã (secundário), Kidzapalooza (com programação infantil), Alternativo (nacional) e Perry (eletrônico e afins). As atrações principais desse ano são Pearl Jam, The Killers e The Black Keys. Clique aqui para ver a programação completa do festival, com o horário de cada um dos shows.

Além do evento principal, uma mini edição do Lollapalooza acontece no final de março/início de abril, no Circo Voador, no Rio. Vão tocar as bandas Hot Chip, dia 28; Two Door Cinema Club, dia 29; Passion Pit, dia 30; e Alabama Shakes, dia 1o de abril. Os ingressos estão à venda no www.ingresso.com, e saem por R$ 140.

São Paulo terá também os chamados “side shows”, com quatro bandas, no Grand Metrópole. São elas Passion Pit, dia 28; Hot Chip, dia 20; Of Monsters And Men, dia 30; e Alabama Shakes, dia 31. Os ingressos custam R$ 150 e também estão à venda. Clique aqui para mais detalhes.

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