Afirmação
Em segunda passagem pelo Rio, Crashdiet mostra evolução, melhor entrosamento e as novas misturas do álbum recém lançado. Fotos: Daniel Croce.
O bom público do Teatro Odisséia recebeu de ouvidos abertos as músicas novas, muito mais de forma contemplativa do que com a participação empolgada costumeira em músicas que já são verdadeiros clássicos do novo hard rock. Mesmo “Generation Wild”, faixa-título do álbum anterior, que no show de 2010 (veja como foi) cheirava a leite, já é recebida no final da noite com urros de felicidade e tem a letra cantada a plenos pulmões, cortesia de um refrão dos mais colantes. Outras músicas em que a plateia participa pra valer são “Riot In Everyone”, que inicia o primeiro bis; “In The Raw”, até para dar uma forcinha para Simon Cruz; e “It’s a Miracle”, acompanhada por pelos punhos erguidos em cadência marcada.
Uma menção deve ser feita ao vocalista. Com um cabelo moicano legitimamente punk que parece lhe cortar o pescoço e completar 360º, Simon Cruz tem o completo domínio das ações. Aprendeu, mais do que antes, a usar a sua grande referência vocal – Sebastian Bach, fase Skid Row – sem ser um clone genérico. Nos quase 90 minutos do show de ontem, soube forçar a voz nos momentos certos, como no final de “Breakin’ the Chainz”; passeou com facilidade na cadenciada “It’s A Miracle”; e quase colocou a casa abaixo no explosivo refrão de “Anarchy”, outra das novas que caiu muito bem no set. Ao que tudo indica, ele coloca um fim nas comparações com os vocalistas anteriores, sobretudo o grande Dave Lepard, adorado pelos fãs mais dedicados. O que apenas realça a afirmação de uma banda que tem o hábito de se superar e que mostra estar em ótima fase.Set list completo
1- Change The World
2- Circus
3- Tikket
4- Anarchy
5- Breakin’ the Chainz
6- Rebel
7- In The Raw
8- Queen Obscene/69 Shots
9- Got A Reason
10- It’s a Miracle
11- Garden of Babylon
Bis
12- Riot in Everyone
13- Chemical
14- Down With The Dust
Bis
15- Cocaine Cowboys
16- Generation Wild
Tags desse texto: Crashdiet