Fazendo História

Mentes metaleiras que brilham

Então o heavy metal é o som dos gênios?? Pois a Bizz foi a campo para provar que banger que é banger não tem dessas frescuras!! Matéria com pretensão de soar divertida, publicada na Bizz número 214, de junho de 2007.

Uma pesquisa feita pela Universidade de Warwick, na Inglaterra, concluiu que os jovens superdotados – aqueles CDFs que tiram as notas mais altas – são fãs de heavy metal. O número dos que apontaram o gênero como o preferido passou de um terço dos envolvidos na pesquisa, todos com idade entre 11 e 18 anos. O resultado levou os pesquisadores a fazer uma nova entrevista com 19 estudantes. Nenhum deles disse ser headbanger, mas todos se identificaram de alguma forma com o metal. Era só o que faltava! O gênero cravado a ferro por cabeças-de-bagre profissionais como Angus Young e Gene Simmons não se curvará a um grupo de pesquisadores tentando difamá-lo! A Bizz, munida de uma considerável dose de picaretagem, chamou cinco batalhadores do estilo no Brasil para descobrir se cabeça foi feita pra bater ou para responder à testezinhos de conhecimento.

OS COBAIAS

Fernandão: Baterista do Endrah, ex-Rodox e ex-Korzus
Kiko Loureiro: Guitarrista do Angra
Hugo Mariutti: Guitarrista do Shaaman, Henceforth e Andre Mattos
Felipe Machado: Guitarrista do Viper e editor do Jornal da Tarde
Carlos Lopes: Líder do Dorsal Atlântica, Usina LeBlond e Mustang

A EXPERIÊNCIA

1- Onde aconteceu e o que foi a Revolução Industrial?

Fernandão: Na Alemanha?

Kiko Loureiro: Na Inglaterra, no começo do século, né?

Carlos Lopes: Foi quando os empresários ingleses, no século 19, no período vitoriano, começaram a construir máquinas em larga escala pra substituir os operários.

Felipe Machado: Foi na Inglaterra, no século 18, quando as linhas de montagem começaram a ser implantadas. Você vê que eu tô bem…

Hugo Mariutti: Inglaterra, agora de data eu não guardo muita coisa

Foi na segunda metade do século 18…

Loureiro: Ah, errei por um século. É verdade, se tu der uma pensada vai ver que a bolsa americana começou em 1800 e tanto, então pra ter essa coisa da Revolução Industrial. Falhei.

Fernandão: História é foda… Foi depois da guerra, quando os caras começaram a inventar as máquinas, pra se reconstruir e tal. Sei lá.

2- Que fruta cedeu o nome para a capital da Síria?

Loureiro: Puta que o pariu, a fruta?

Fernandão: Damasco?

Machado: Damasco?

Hugo Mariutti: Pior que tenho faculdade de Geografia, não dá pra errar…

Carlos Lopes: Boa pergunta. Damasco?

3- Enuncie o Teorema de Pitágoras:

Fernandão: Nem fodendo… Eu não terminei nem o terceiro colegial, pode por aí na matéria. Pitágoras não tem nada a ver com “pi”, né?

Mariutti: O de Pitágoras qual que é? Já decorei isso… Do triangulo retângulo?… Ah, não lembro… Essa pesquisa estrangeira vai ser furada porque eu não vou lembrar nada!

Lopes: Minha namorada sabe: a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa. É um pequeno gênio…

Machado: “a” ao quadrado é igual a “b” ao quadrado mais “c” ao quadrado. Sou mais pragmático, vou logo na equação..

Loureiro: Isso é decoreba, coisa de escola

4- Qual o único alimento que não apodrece?

Hugo Mariutti: Mas… cozido ou cru?

Lopes: Tu acredita que eu ouvi essa porra na TV ontem? Mas não lembro.

Loureiro: Você quer me foder, né? Tipo uma fruta? Vou chutar o açúcar…

Machado: Noz?

Fernandão: Sal…

Sal é alimento?

Fernandão: Se não é alimento, é o que?

É o mel

Fernandão: mas fica duro, né?

Machado: O mel, essa é boa! A fruta pura também não apodrece, só depois que é invadida por algum bicho… Ah, sei lá.

5- Qual o único animal além do ser humano que possui impressão digital?

Loureiro: Eu vou chutar, é o macaco?

Mariutti: Deve ser o macaco? Mas não é, né? Então é o elefante. Ah, ele ia precisar de um RG tamanho A4…

Machado: Será que é um primatas? Orangotango, gorila, chimpanzé… Mas peraí… Impressão digital… Cachorro?

É o koala

Loureiro: O pior é que eu estudei um pouco de biologia na faculdade, mas fiquei só na botânica, não sei se lembraria de alguma coisa. Mas isso ninguém sabe, pra isso tem que ler aqueles livros de cultura inútil.

Isso caiu no vestibular, pô!

Loureiro: Ah, mas eu passei dessa fase faz tempo. Não tem umas perguntas de guitarra, escala, harmonia?

6- Quem inventou a lâmpada?

Mariutti: Puta merda, essa é difícil… A GE?

Fernandão: Thomas Jefferson?

Loureiro: Thomas Edison

Mariutti: Puta, não conheço…

Lopes: Oficialmente foi o Edison, mas teve o Tesla, que veio da Europa e inventou a bobina. O Edison queria provar que corrente alternada era perigosa. E o Tesla sabia que, pra sair uma fonte de energia daqui e ir até a puta que o pariu, não teria força se fosse com corrente contínua. O Edison “venceu”, mas hoje as duas coisas funcionam.

7- Quando o “a” leva crase?

Fernandão: Em português sou pior ainda… Quando tem função de “pára”?

Machado: Substituindo duas preposições, na frente de nome feminino… Olha, não vai me deixar muito idiota, pra eu ficar bem aqui no jornal, ok?

Quando o artigo se encontra com a preposição.

Fernandão: Eu tô fodido, só foi o começo bom, o resto…

JAMES HETFIELD, O FILÓSOFO

metallicalivroEnquanto isso, nos EUA, a Blackwell Publishing lançou o livro “Metallica And Philosophy – A Crash Course In Brain Surgery”, que procura fazer paralelos entre o Metallica e filósofos como Nietzsche, Aristóteles, Marx e Descartes, entre outros. A publicação analisa músicas como “Some Kind Of Monster”, “Fade To Black” e “One”, sempre sob um prisma de um determinado pensador. Será um plano maligno para imprimir uma certa intelectualidade ao bom, velho e primitivo metal? Ou será que o mundo anda tão maluco que até James Hetfield virou padrão para a filosofia? Ozzy deve estar se revirando na banheira.

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Comentários enviados

Existem 2 comentários nesse texto.
  1. Valerious Hellbound em outubro 21, 2009 às 19:52
    #1

    Puxa vida, James HAtEfield escrito errado duas vezes foi de doer o coração, mais que as respostas dos caras. ehehehe

    Hetfield is God!!!!!!!!

  2. Marcos Bragatto em outubro 22, 2009 às 6:33
    #2

    Você acredita que a revista publicou assim?
    Corrigido! Obrigado!

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