Contido
Em show morno, A-ha desfila sucessos sob chuva no último dia e mantém clima revivalista do Rock In Rio. Fotos Divulgação Rock In Rio/I Hate Flash: Victor Nomoto (1 e 3), Raul Aragão (2) e Fernando Schlaepfer (4).
Não que o A-ha seja uma one hit band clássica, tanto que a música é o arremate de um show onde outras 14 foram tocadas, com ao menos mais cinco ou seis sucessos inalienáveis. Mas, de lá da década de 1980, onde se plotou o próprio Rock In Rio, aquele clipe no qual figurinhas rascunhadas em grafite ganham vida é recordação certa até de que não tinha bons olhares sobre o trio norueguês de tecnopop. Por isso tanta gente de idade mais avançada está aqui debaixo de chuva, em meio a capas de plástico descartáveis de procedência desconhecida e pés molhados sobre uma imaginária lama de 1985.
O A-ha é uma banda de tecladista, e a mão direita é a de Magne Furuholmen, responsável pela condução dos arranjos de grande parte do repertório do trio, reforçado, ao vivo, por músicos contratados. Mas os olhares dos fãs e, sobretudo das fãs, sempre recaem sobre o galã (hoje com jeitão de professor em sala de aula) Morten Harket. Com a voz ainda em dia, Harket, contudo, se revela um frontman de semblante fechado, triste até. Parece sentir, com mais intensidade, as agruras das histórias contadas nas letras de músicas como “The Sun Always Shine On TV”, outro bom momento da noite. Com um arranjo mais pra cima, quase dance, é uma das que o público mais participa e que, curiosamente, faz o vocalista esboçar um inédito sorriso, já na parte final do show. Imagine o quanto deve ser bom ver o sol brilhar na soturna Noruega, ainda que na telinha da TV.Embora tenha decidido encerrar as atividades em 2010, depois de uma turnê de despedida que passou pelo Brasil (veja como foi no Rio), o A-ha opta pela volta à ativa, e está lançando um disco com músicas inéditas, “Cast In Steel”. Dele, duas são apresentadas, “Forest Fire”, com uma inserção mais forte da guitarra de Pål Waaktaar-Savoy, e o single “Under The Make Up”, uma daquelas lentaças típicas do pop rock de todas as épocas. Ambas são recebidas com frieza pelo público, que talvez nem se dê conta do tal disco novo, reforçando o caráter nostálgico de toda essa edição do festival. A performance contida, por vezes soturna, a chuva e os telões laterais do Palco Mundo que começam a pifar tampouco ajudam.
Mas é aí que entram os sucessos e é justamente para isso que eles servem: dar aquela levantada na moral. É o que acontece em blockbusters do naipe de “Hunting High and Low”, “You Are The One”, um must das pistas da década de 1980, e “Crying In The Rain”, convertida em trilha sonora da melancólica noite chuvosa na Cidade do Rock. Em “The Living Daylights”, Morten e Magne enfim descem a rampa do palco para interagir de mais perto com o público, e o refrão pegajoso ecoa longe. No percurso, Morten desce no fosso que separa o público do palco e dá um autógrafo a um fã sem noção. Na volta, não havia alternativa senão uma das mãos mágicas de Magne Furuholmen dar início o tal riff de teclado de “Take On Me”. Fim de papo para o show e para essa edição do Rock In Rio.Set list completo:
1- I’ve Been Losing You
2- Cry Wolf
3- Stay on These Roads
4- Move to Memphis
5- Scoundrel Days
6- Crying in the Rain
7- Sycamore Leaves
8- You Are the One
9- Forest Fire
10- Hunting High and Low
11- Foot of the Mountain
12- The Sun Always Shines on T.V.
13- Under the Makeup
14- The Living Daylights
15- Take on Me
Tags desse texto: A-ha, Rock In Rio
Fala Marcos!
Rapaz… que chuva braba… levei a patroa pra ver Katy, e acabei vendo esse show do A-Ha que foi bem honesto. Sinceramente achei que seri ruim considerando a inatividade recente da banda. Mas é o que falou… 6 mega-hits não são pra qualquer um não. E cheguei perto do palco e vi que tinha fãs da banda cantando todas as musicas.
Logo depois veio a Katy… ja que eu tava lá resolvi prestar atenção no show. Decepcionou o palco. Não tinha quase nenhuma produção. A banda de apoio é competente, e o som tava bom e alto. No mais, foram aqueles figurinos cafonas, as coreografias infantis, e as quebradas de clima pras trocas de roupas. A moça até segura a onda no vocal, obviamente ajudada pela dupla de backing vocals.
Logo depois veio a Katy… ja que eu tava lá resolvi prestar atenção no show. Decepcionou o palco. Não tinha quase nenhuma produção. A banda de apoio é competente, e o som tava bom e alto. No mais, foram aqueles figurinos cafonas, as coreografias infantis, e as quebradas de clima pras trocas de roupas. A moça até segura a onda no vocal, obviamente ajudada pela dupla de backing vocals.