Tri! Campeão!
Sonata Arctica persiste com terceira turnê seguida no Rio e vê público aumentar em sua melhor apresentação na cidade. Fotos: Daniel Croce.

Na terceira vez seguida no Rio, show do Sonata Arctica não dependeu só do humor do vocalista Tony Kakko
Ocorre que o quinteto finlandês tem lá suas vicissitudes e, depois de praticamente omitir o repertório do tal álbum novo, “Pariah’s Child”, no ano do lançamento (veja como foi), desta feita decidiu dividir o show em espécie de meio a meio entre esse disco e o já clássico “Ecliptica”, que marcou a estreia deles, lá em 1999. Assim, nada menos que 11 das 17 músicas são de discos separados por 15 anos e revelam o contraste entre épocas bem diferentes: uma banda começando nos cafundós da Finlândia e outra se consolidando no por vezes árido mercado de shows de rock carioca. A vantagem, por exemplo, é a entrada de músicas como “Letter to Dana”, uma baladaça grudenta que não havia sido tocada nos anos anteriores e que faz o guitarrista Elias Viljanen, em geral muito técnico e sem feeling, se superar; e a supressão de peças como “Tallulah”, que inadvertidamente povoou os outros shows do Sonata por aqui (em 2013 foi assim). Já foi tarde.

Um dos duelos entre o guitarrista Elias Viljanen e o tecladista Henrik Klingenberg, acompanhado por Kakko
Este – gente difícil, vai entender - prefere se divertir com o resgate das músicas de “Ecliptica”, e “8th Commandment”, uma das que estrearam no Rio, tem o refrão cantado por todo mundo. Ela se junta à já consagrada “FullMoon”, a do refrão com o verso chiclete “Run away, run away, run away”, e à dobradinha “My Land”/”Replica”, com convite do vocalista Tony Kakko para uma visitinha na Finlândia, já no bis, como as melhores entre as seis selecionadas. Outro momento arrojado do show é na boa “Black Sheep”, quando um inesperado duelo entre Viljanen e o tecladista Henrik Klingenberg, de posse de um keytar (Dominó style), duelam na beirada do palco. Ele praticamente não usou os teclados de mesa dura os noventa e poucos minutos de duração do show. O que vale, no fim das contas, é a persistência da banda que aceita desafios e cativa público ano após ano. De três ou quatro shows em 2002 até as 10 datas pelo Brasil este ano, incluindo o cartão batido no Rio. Parabéns aos envolvidos. Em março de 2016, tamos aí.
Set list completo:1- The Wolves Die Young
2- 8th Commandment
3- Paid in Full
4- What Did You Do in the War, Dad?
5- Losing My Insanity
6- Black Sheep
7- Letter to Dana
8- Blood
9- I Have a Right
10- X Marks the Spot
11- Love
12- San Sebastian
13- UnOpened
14- FullMoon
Bis
15- My Land
16- Replica
17- Don’t Say a Word

Vista geral do palco do show da atual turnê do Sonata Arctica, com a banda em plena agitação no palco
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Quarteto? Mas são 5 na banda!
Corrigido, obrigado!
Excelente resenha Marcos, mas no segundo show do ano passado eles já tinham colocado San Sebastian no set… e que não saia mais!