Bola é Bola Mesmo

Golaços continuam no Brasileirão

Crônica prossegue consagrando equipes como grandes favoritas antes da metade da competição a partir da tabela de classificação. Foto: Reprodução/Internet.

cruzeirofigueirense-26-7-14A Copa acabou. Mas, de golaços, não há o que reclamar no Brasileirão. No sábado, aquele Marquinhos revelado no Vitória e que decepcionou no Palmeiras e no Flamengo sacou uma trivelada de primeira, pelo Cruzeiro, rumo às redes do Figueirense. No mesmo jogo uma aula de contra-ataque acabou na cabeça do esperto Ricardo Goulart antes de atravessar a linha fatal.

No domingo, uma linha de passe a partir de uma cobrança de lateral inclui Walter, Conca e Cícero, num outro gol de encher os olhos, dessa vez do Fluminense diante do Atlético de Curitiba.

Na Arena gremista, Barcos recebeu passe magistral e brincou com o goleiro do Coritiba, fazendo-o se esparramar no chão antes de marcar. Parecia Robben diante de Casillas. E era o segundo do desencantado argentino, embora o Grêmio tenha saído derrotado causando a demissão do treinador. Tipo o Prandelli, da Itália, na Copa.

Teve Elias acabando com o jogo pelo Corinthians, mas aí, vamos e venhamos, não foram os tais golaços. Mas foram muitos, três de média na rodada desse final de semana. Nada mal. Ok que Flamengo e Botafogo foi algo ruim de se ver, com direito a bateção de cabeça sem show de heavy metal, mas serviu para a Flapress faturar certa audiência e alguns cobres.

Citei de cara Cruzeiro e Fluminense de propósito. De novo - e não aprendem - nossa crônica não vê como o time de Minas possa perder o título, e isso depois de 12 rodadas. Só porque tem o time e Tostão cinco pontos a mais que o segundo colocado. No que eu pergunto. Assistiram aos jogos do time para ver se é essa Brastemp ou estão tomando posição a partir da tabela de classificação?

Eu, do meu lado, discordo com base em duas partidas que vi, na íntegra. Como foram Vitória e Figueirense derrotados com certa facilidade, e dentro do Mineirão, e o segundo por fragorosa goleada, fica difícil depor contra. Mas insisto. Contra o Vitória, até sair o primeiro gol, foi um Deus nos acuda. A coisa parecia se arrastar e até o clube baiano, notadamente inferior, começar a ameaçar o goleiro Fábio.

Quando, no início do segundo tempo, a dupla de zaga do Vitória começa a se desentender a ponto de marcar, contra, o gol do Cruzeiro. Porteira aberta, ficou fácil, do jeito que o time de Minas gosta, com o contra ataque nas mãos e só não saiu uma goleada por sorte.

Sorte que o Figueirense não teve, ao ver um pênalti inventado pelo árbitro no finalzinho do primeiro tempo. Até então, sofria o Cruzeiro para inaugurar o placar como sofreu contra o Vitória, mesmíssima história. No segundo tempo, foi covardia e veio a goleada sem dó, com os dois golaços apontados lá em cima. Não se pode culpar o juiz por um erro quando o resultado é uma impecável goleada. Mas não fosse inventado aquele penal e a história poderia ser outra.

A moral da história é que o Cruzeiro tem um ótimo time e é sério candidato ao bi, mas não é um escrete imbatível, longe disso. Vai ter dificuldade, vai perder pontos e vai suar um bocado para se manter lá em cima, disputando cada posição com várias outras equipes. Não falo pelo que vejo na tabela de classificação. Falo pelo que vi.

Assim como vi um inesperado, mas muito bem-vindo amplo domínio do Fluminense sobre o Atlético em plena Arena da Baixada. O time da casa, sempre poderosíssimo em seus domínios, com uma equipe jovem e veloz, foi colocada na roda quase o tempo todo e só conseguiu chegar perto da meta tricolor depois de ver sua rede balançar três vezes com certa facilidade pelo lado oposto.

O Flu teve quase dois terços de posse de bola, coisa muito difícil de conseguir nessas circunstâncias. Digo isso, e como detesto posse de bola e toque para o lado, já corrijo. Foi posse de bola com a tal profundidade, no campo do adversário, em direção ao gol e com três gols antes dos 10, 12 do segundo tempo. Não será fácil para o tricolor manter essa performance em todas as rodadas, mas que a coisa promete, promete.

Pela tabela - quem sabe - Flu e Cruzeiro possam decidir o primeiro turno ou mesmo o campeonato, no segundo turno. Mas muita coisa ainda pode acontecer. Até o desabrochar do São Paulo de Kaká, o Inter de Abel enfim voltar a ganhar, e o atual segundo colocado, o Corinthians de Elias, chegar junto. Tudo pode acontecer, diz o bordão.

Até a próxima que tá ruim do técnico argentino engrenar!

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