Final das oitavas, a primeira fase eliminatória. Números, números e mais números. De longe, a Copa do Mundo no Brasil é a melhor da era moderna em vários aspectos. Mas, também, carrega uma contradição. Os jogos são todos revestidos de grande intensidade e emoção, mas não há, absolutamente, ao menos até agora, uma seleção pedindo passagem. Todas, em algum momento, passaram sufoco.

No final do texto um ranking com as seleções, caso fossem computados os pontos corridos, com os critérios de desempates da Copa, mostra a Colômbia em primeiro e, se olharmos bem, eis aí uma equipe que teve vida fácil até aqui. Depois, a começar pela vistosa Holanda, não há um time sequer que não tenha sofrido um pouco. O que não dá, contudo, ares de favoritos aos colombianos.

Porque agora - e desde as oitavas - nem sempre vencerá o melhor. Insisto, por exemplo, que o Brasil, mesmo jogando mal, foi melhor que o Chile no tempo normal e na prorrogação e merecia vencer. O Chile foi um reles destruidor de jogadas; quase não criou. Mas as circunstâncias da partida, com uma bola na trave de Júlio césar no último instante, faz boa parte da nossa crônica esportiva já falar como se a seleção brasileira estivesse eliminada. Para eles, classificação sofrida e nos pênaltis só é valorizada quando acontece com o adversário. Assim é o brasileiro.

Pois de agora em diante - desde as oitavas, de novo - vale o bordão do narrador: tudo pode acontecer. Quem não foi tão bem nas oitavas, pode deitar e rolar nas quartas, assim como a Colômbia de James Rodriguez, que lidera o tal ranking, pode quebrar a cara, mesmo porque vai ter contra o Brasil o seu grande desafio. E estamos falando de futebol, ora bolas. Uma partida, sabemos todos, nunca é igual a outra.

O certo é que, com mais ou menos sufoco, todas as equipes que venceram os seus grupos venceram também o jogo das oitavas. Ou seja, as oito seleções classificadas para as quartas são mesmo as melhores até aqui. E que, agora, esses campeões de grupo terão grandes revezes ao jogarem entre si. Alguém tem alguma dúvida de que os jogos serão emocionantes? Abaixo, a seleção e o craque das oitavas, e o ranking por pontos corridos:

Titulares
1- Howard (Estados Unidos)
2- Alderweireld (Bélgica)
3- Thiago Silva (Brasil)
4- David Luiz (Brasil)
5- Matuidi (França)
6- Vertonghen (Bélgica)
7- Robben (Holanda)
8- Di María (Argentina)
9- Huntelaar (Holanda)
10- James Rodriguez (Colômbia)
11- Messi (Argentina)
Técnico: Van Gaal (Holanda)

Reservas
1- Júlio César (Brasil)
2- Lahm (Alemanha)
3- Varane (França)
4- Djouru (Suiça)
5- Jones (Estados Unidos)
6- Kuyt (Holanda)
7- Schweinsteiger (Alemanha)
8- Valbuena (França)
9- Benzema (França)
10- Ozil (Alemanha)
11- Shaqiri (Suíça)
Técnico: Didier Deschamps (França)

Craque das oitavas de final: Arjen Robben

Classificação considerando os pontos corridos:
1- Colômbia
2- Holanda
3- França
4- Argentina
5- Bélgica
6- Alemanha
7- Brasil
8- Costa Rica
9- México
10- Chile
11- Suíça
12- Uruguai
13- Estados Unidos
14- Grécia
15 Argélia
16- Equador/Nigéria
17- Portugal
18- Croácia
19- Bósnia-Herzegovina
20- Costa do Marfim
21- Itália
22- Espanha
23- Rússia
24- Gana
25- Inglaterra
26- Coreia do Sul
27- Irã
28- Japão
29- Austrália
30- Honduras
31- Camarões

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