O Homem Baile

Novinho em folha

Depois de fiasco com o Angra em 2011, Edu Falaschi volta ao Rock In Rio em boa apresentação no encontro Almah + Hibria. Fotos: Léo Corrêa.

Edu Falaschi e Iuri Sanson, vocalistas do Almah e do Hibria, respectivamente, cantam juntos no palco

Edu Falaschi e Iuri Sanson, vocalistas do Almah e do Hibria, respectivamente, cantam juntos no palco

Nem sempre a primeira vez é a última chance, como dizia o poeta Renato Russo. Para o vocalista do Almah, Edu Falaschi, que na edição de 2011 do Rock In Rio penou com os problemas técnicos e com a própria voz à frente do Angra (veja como foi), a segunda chance veio dois anos depois e ele não deixou escapar. O grupo tocou na quinta, dia 19, no primeiro de dois dias do festival reservado ao heavy metal, numa apresentação conjunta com grupo gaúcho Hibria, no Palco Sunset. Edu passou por uma cirurgia para se livrar de um problema de refluxo que o prejudicava como cantor, e, a julgar pelo show do Rock In Rio, a coisa deu certo.

Não foi exatamente um encontro durante todo o tempo a que as duas bandas tinham direito, mas não se pode dizer que não deu certo. Primeiro, o Almah subiu no palco e mostrou o heavy metal moderno do grupo, cheio de referências a vários segmentos do gênero. Prestes a lançar o novo álbum, “Unfold” (saiba mais), o grupo optou por um set list mais conservador, sem mostrar nenhuma música nova. Nem precisou. Os primeiros acordes de “Hypnotized”, do álbum “Motion”, desencadearam a abertura de rodas do público, que já comparecia em grande número em tono das quatro da tarde. Em “Birds Of Pray”, se junta ao grupo o vocalista do Hibria, Iuri Sanson, de vocal agudo apurado, estabelecendo um duelo interessante com o de Edu, mais grave.

No primeiro dia do metal, o afinado Iuri Sanson, do Hibria, solta a voz no Palco Sunset do Rock In Rio

No primeiro dia do metal, o afinado Iuri Sanson, do Hibria, solta a voz no Palco Sunset do Rock In Rio

Daí em diante é o Hibria quem assume palco e o vocalista Iuri não se faz de rogado ao ver uma horda de camisetas pretas caindo no body surfing como se não houve o show de um tal Metallica, no Palco Mundo, cerca de 10 horas depois, e ainda outros cinco bandas tocando entre uma apresentação e outra. O grupo gaúcho toca muito bem, ensaiadinho, investindo num power metal pesado, sem enrolação. Foram quatro músicas sozinho, com destaque para a porrada “Shoot Me Down”. Em “Blinded By Faith” Falaschi volta ao palco, e, já acostumado as plataformas do Hibria que o intimidaram no início, refaz o duelo com Iuri Sanson.

Quando o Almah retorna ao palco para o desfecho do show, atendendo a pedidos Edu Falaschi leva um trechinho de “Pegasus Fantasy (Saint Seiya)”, tema do “Cavaleiros do Zodíaco”, só no gogó (cada uma, né?). O show é encerrado com as duas bandas tocando uma versão pesada para “Rock and Roll”, do Led Zeppelin. Segundo Falaschi, eles queriam fazer uma cover da banda que melhor representa a criação do heavy metal, e deu Led Zeppelin. Nesse caso, será que não dava para espremer o repertório de uma horinha só e mandar uma do Black Sabbath também?

Edu Falaschi atrás de um mar de braços erguidos

Edu Falaschi atrás de um mar de braços erguidos

Set list completo (a conferir):

1- Hypnotized
2- Living And Drifting
3- Trace of Trait
4- Birds of Pray
5- King
6- Silent Revenge
7- Shoot Me Down
8- Silence Will Make You Suffer
9- Blinded By Faith
10- Tiger Punch
11- Pegasus Fantasy (Saint Seiya)
12- Rock and Roll

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