Está postado nesse endereço um vídeo em que Lobão canta a música “Eu Não Vou Deixar”, sobre o “coletivo” Fora do Eixo. A gravação foi feita durante o show do festival Agreste in Rock, em Caruaru, no último dia 30 de agosto, quando a canção foi tocada pela primeira vez.

No domingo (1/9), no show de encerramento do festival Porão do Rock, em Brasília, Lobão voltou a tocar “Eu Não Vou Deixar” (saiba mais). A música faz referências tanto ao FDE quanto ao seu dirigente mais conhecido, Pablo Capilé. Agora, Lobão vai gravar sozinho a música, tocando todos os instrumentos, no Rio, sob a produção de Rafael Ramos.

Lobão tem tentado agendar um debate via internet com Capilé nas últimas semanas, mas o encontro teria sido cancelado pelo dirigente do FDE por sucessivas vezes. Depois de ter participado do programa “Roda Viva”, da TV Cultura, Pablo Capilé e o Fora do Eixo têm sido alvo de recorrentes denúncias, sobretudo de ex-integrantes do “coletivo”. Clique aqui para ler uma entrevista exclusiva com o guitarrista do Macaco Bong, Bruno Kayapy, que deixou o FDE.

Abaixo, a letra da música que Lobão fez sobre o Fora do Eixo, originalmente publicada no site pessoal do músico:

Eu Não Vou Deixar
Lobão

Por todos esses anos
Por tudo que eu passei
Por tudo o que eu faço
E ainda o que eu farei,
Não vem com esse papo de hiponga
Que eu não vou deixar

A palavra é minha arma
Minha bala é minha canção
Nem vem mexer com aquilo
Que você não tem noção
Não adianta insistir, meu irmão,
Que eu não vou deixar

Cadê a sua lábia?
Seu tempo se esgotou
Quem foge da conversa
Já perdeu de W.O.
Te aviso companheiro, não se esconda
Que eu não vou deixar

Refrão
E agora? Aonde está
A banca que você botava?
E agora? De quem é mesmo
O pesadelo que você armava?
E agora? Eu estou aqui e é você
Que foi embora…
E agora ,você deu o fora,
Mas que papelão!

Mané querendo mudar o mundo
Engenheiro social
Tungando a grana de artista
Inventando edital
Direito autoral ele também não quer,
Mas eu não vou deixar

Patrulha e desespero,
Evangelho coletivo
Doutrina de carola estatizado e vendido
Rebelde chapa-branca quer que eu cale
Mas eu não vou deixar

De bem intencionados
Eu não aguento mais
Tem otário se achando valente
Mas quando me vê, mija pra trás

Acabou sua pilantragem, sabe por quê?
Porque eu não vou deixar.

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