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Lollapalooza: Ludov vai tocar ‘ao menos duas músicas inéditas’

Prestes a lançar o EP “Eras Glaciais”, quarteto vai mostrar novidades no show do sábado, dia 30, no Palco Alternativo do festival. Foto: Divulgação.

ludovParece que foi ontem que o grupo começou, mas o Ludov já passou dos 10 anos de atividades, e continua no gás dentro da música independente brasileira. Prestes a lançar um novo EP, “Eras Glaciais”, que completa uma trilogia com “Minha Economia”, de 2011, e “O Paraíso, de 2012 (ouça aqui), o grupo promete tocar “ao menos duas músicas inéditas” no show do Lollapalooza.

O quarteto, formado por Vanessa Krongold (vocal), Habacuque Lima (guitarra), Mauro Motoki (baixo) e Paulo “Chapolin” Rocha (bateria), abre os trabalhos no Palco Alternativo, no sábado, dia 30, antes do guitarrista Gary Clarck Jr. Conversamos com o guitarrista Habacuque Lima, que - via e-mail - disse como vai ser o show, e ainda falou sobre o momento da banda decana. Veja:

Rock em Geral: Qual é a expectativa de tocar em um festival do tamanho do Lollapalooza?

Habacuque Lima: A expectativa é grande, principalmente por tocar com muito volume (risos). É claro que o nome Lollapalooza gera uma grande responsabilidade, mas estamos indo para nos divertirmos muito mesmo.

REG: Vocês abrem o festival no sábado, cuja atração principal é o Black Keys e toca ainda o Queens Of The Stone Age e Criolo fecha o palco de vocês. Ficou de bom tamanho o horário/palco para Ludov?

Habacuque: Para mim é o dia mais legal do festival. Claro que eu preferia tocar mais para o fim de tarde, com o por do sol chegando, e não queria de maneira alguma perder o show da Graforréia Xilarmônica, que acontece em outro palco no mesmo horário do nosso show. Mas em festivais tão grandes não tem muito jeito. Alguém tem que começar as atividades (como diz o Criolo), então vamos lá! O bom é que tocando cedo vai dar para assistir o dia inteiro de festival depois, sem ficar preocupado com o nosso horário.

REG: Já definiram quais músicas vocês vão tocar no show? Vai ser um show com o sucessos da banda ou mais centrado no EP “O Paraíso”, lançado no ano passado?

Habacuque: Já definimos as músicas, sim. O show não vai ser centrado no EP “O Paraíso”, mas também não será apenas baseado nos “sucessos”. Decidimos fazer um show com músicas mais recentes, mesmo porque vamos lançar por esses dias um terceiro EP, chamado “Eras Glaciais”. O fato de tocarmos nesse horário bem cedo também dá a liberdade de experimentar ao vivo algumas músicas que normalmente não entrariam em um show de festival para dar lugar aos “hits”. Vamos tocar pelo menos duas músicas inéditas, vai ser ótimo!

REG: Vocês lançaram dois EPs em seguida, acham que esse é o formato legal para esses tempos, em vez do álbum “completo”?

Habacuque: Fizemos esse plano, esse combinado, de lançar três EPs na sequência, justamente pensando que os três juntos no final representariam o lançamento de um álbum completo. É um formato legal, principalmente pela agilidade de gravar e lançar, e pela atenção que podemos dar a cada uma das músicas. Mas agora que já finalizamos o terceiro, bateu uma vontade de gravar um disco inteiro de novo, e já estamos em pré-produção para tentar fechar um conceito do álbum. Acho todos os formatos válidos, depende muito do clima do artista. De vez em quando é bom entrar num processo mais longo do discão, de vez em quando pode ser bom gravar e lançar alguns singles apenas. Mas respondendo diretamente à pergunta, sim, eu acho que os EPs (ou mesmo singles) são mais adequados à velocidade de consumo de música atualmente.

REG: O EP “Dois a Rodar”, que marcou o início do Ludov, está fazendo 10 anos. Pretendem fazer alguma comemoração? Qual e a avaliação dessa década de banda?

Habacuque: Ano passado fizemos 10 anos do início da banda. Acho que a comemoração ficou mais entre a gente, e mais no modo de olhar pra tudo isso e se orgulhar do que conseguimos fazer, de onde conseguimos chegar. É um grande prazer tocar com essas pessoas, trabalhar com eles e poder acompanhar de perto as reviravoltas na vida de cada um. A banda é saudável e é impressionante como ainda fazemos reuniões, ensaios, e saímos de lá cheios de planos, ideias e vontades de tocar, gravar e dar continuidade a essa história.

LOLLAPALOOZA

O Lollapalooza acontece nos dias 29, 30 e 31 de abril, no Jockey Club, em São Paulo. Ao todo, são cinco palcos: Cidade Jardim (o principal), Butantã (secundário), Kidzapalooza (com programação infantil), Alternativo (nacional) e Perry (eletrônico e afins). As atrações principais desse ano são Pearl Jam, The Killers e The Black Keys. Clique aqui para ver a programação completa do festival, com o horário de cada um dos shows.

Além do evento principal, uma mini edição do Lollapalooza acontece no final de março/início de abril, no Circo Voador, no Rio. Vão tocar as bandas Hot Chip, dia 28; Two Door Cinema Club, dia 29; Passion Pit, dia 30; e Alabama Shakes, dia 1o de abril. Os ingressos estão à venda no www.ingresso.com, e saem por R$ 140.

São Paulo terá também os chamados “side shows”, com quatro bandas, no Grand Metrópole. São elas Passion Pit, dia 28; Hot Chip, dia 20; Of Monsters And Men, dia 30; e Alabama Shakes, dia 31. Os ingressos custam R$ 150 e também estão à venda. Clique aqui para mais detalhes.

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