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Megadeth aposta em músicas cativantes para superar os limites do metal; grupo volta ao Brasil para mostrar nova abordagem e sucessos do passado. Publicado na Billboard Brasil número 25, de novembro de 2011.

megadethbillboardEterno filho bastardo do Metallica, o Megadeth nasceu quando a bebedeira do guitarrista Dave Mustaine foi demais para os outros integrantes, que o mandaram embora. As duas bandas tiveram os dias de glória no boom do thrash metal nos anos 90, mas o Metallica foi mais longe porque conseguiu converter ao menos uma música – “Enter Sandman” – num produto pop, sem perder o peso jamais. É o que o Megadeth vem tentando nos últimos tempos. “Cada disco nosso tem grandes músicas e grandes riffs, mas esse é o momento de trazer de volta as melodias colantes e quase pop, riffs mais simples e divertidos, como temos em ‘Public Enemy N º 1’”, diz o baixista Dave Ellefson, por telefone. Ele se refere ao primeiro single do novo álbum, “Th1rt3en”, que tem ainda outros chicletes apropriados para o hit parade, como “Whose Life (Is It Anyways?)”, “Black Swan” e “New World Order”.

No show que faz no Brasil este mês, dentro do SWU, no entanto, o grupo não deve deixar de lados os sucessos da era de ouro do thrash. “Queremos mostrar o novo álbum, vamos fazer duas ou três músicas novas, mas os fãs do Megadeth querem ouvir os clássicos”, avalia o baixista. “Temos umas 20 músicas que todos querem no show, incluindo ‘Holy Wars’, ‘Hangar 18’, ‘Symphony of Destruction…”, completa, dando dicas do repertório a ser tocado em Paulínia. A vinda da banda ao Brasil estava ameaçada desde que Mustaine teve que ser operado, em setembro, para resolver um problema na coluna, na altura do pescoço - seria o resultado de 30 anos e “bateção” de cabeça? –, mas deu tudo certo. “Ele está em boa forma agora, acabamos de gravar o clipe de ‘Public Enemy N º 1’”, tranquiliza Ellefson. Completam a formação atual Chris Broderick (guitarra) e Shawn Drover (bateria).

O baixista, integrante da formação original, estava afastado dede 2002 e chegou a brigar na justiça com Mustaine por direitos autorais, mas foi reintegrado no ano passado. “Já resolvemos tudo, temos uma história juntos e não podemos ter medo de cair nessas armadilhas”. Os fãs das antigas ainda clamam pela volta do guitarrista Marty Friedman e do baterista Nick Menza, que junto com Dave e David, eram a formação clássica do Megadeth. “Eu não vejo isso acontecer. Nada é impossível, mas muitos acham que o Megadeth está em melhor forma agora”, diz Ellefson. “O meu lema é: se funciona, não quebre nem não conserte”.

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