Roger Waters exibe ‘The Wall’ para 48 mil em Porto Alegre
Ex-líder do Pink Floyd estreou o trecho da turnê brasileira ontem e homenageou o brasileiro Jean Charles de Menezes; show teve atraso e dificuldade de acesso. Foto (show de Santiago): Francisco Longa/Agencia Uno/Divulgação.
Cerca de 48 mil pessoas viram o muro gigante de mais de 100 metros de comprimento ir pelos ares ontem, no Estádio da Beira-Rio, em Porto Alegre. O ato é o grand-finale do espetáculo “The Wall”, de Roger Waters, que estreou no domingo o trecho brasileiro da turnê mundial, na qual o ex-baixista do Pink Floyd toca a integra do album de mesmo nome, lançado em 1979.
Assim como tem feito em toda a turnê, Waters homenageou o brasileiro Jean Charles de Menezes, morto por engano pela polícia de Londres ao ser confundido com um terrorista, em 2005. O nome de Jean Charles aparece no telão no final da da música “Another Brick In The Wall part.2″, quando Waters dedica o show a ele. Matozinhos Silva e Maria Menezes, pais de Jean Charles, estavam no Beira-Rio.
Além disso, a música, um dos maiores sucessos de todo os tempos, tem o acompanhamento de um coro de adolescentes brasileiros, que participam da ONG Canta Brasil. Fogos de artifício, projeções em alta definição, a aparição de bonecos infláveis (como o do professor repressor, usado no filme de Alan Parker) e o som quadrifônico de altíssima qualidade são ferramentas utilizadas por Waters durante o espetáculo para encantar o público.
Conforme noticiado antes, o show começou com cerca 40 minutos de atraso. Fãs tinham muita dificuldade para entrar no Estádio da Beira-Rio. Pessoas reclamavam do trânsito e da dificuldade de acesso aos portões do estádio, que foram abertos em torno das 17h. O espetáculo “The Wall” passa também pelo Rio, na próxima quinta, no Engenhão, e tem duas datas em São Paulo, no Morumbi, em abril; saiba tudo aqui.
Com informações do “Zero Hora”.
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Eu estava lá e fiquei 3 horas e meia na fila. O show foi fantástico, mas o mais triste de tudo é que a culpa do atraso é dos próprios fãs, uma vez que haviam filas e muitos furavam, atrasando assim a vida de quem prezava pela organização. Brasileiro é assim, cada um quer seus direitos mas na hora de respeitar o dos outros não tem problema.
O show foi excepcional. Tenho certeza que 99,9% dos fãs que estavam saíram dizendo para o amigo, para a namorada, esposa, mae: foi o melhor show que eu vi na minha vida. Eu também. Mas, a dificuldade para se chegar aos portões de acesso foi imensa. Filas quilométricas, a conhecida falta de educação dos fura fila brasucas, a falta de iniciativa dos organizadores em organizar o acesso, contribuiram para esta parte negativa.
Eu fui e fiquei duas horas na fila, ficaria mas dez porque foi maravilhoso, sem palavras. Não consigo tirar aquelas imagens da cabeça. Próximo: Paul McCartney em Floripa.