O Homem Baile

Pedrada

Matanza ignora problemas e abre dia do metal no Rock In Rio com uma porrada atrás da outra; público vibra até com hit dançante de BNegão. Fotos: Luciano Oliveira (1) e Felipe Hidvegi/Divulgação (2 e 3).

Jimmy London, o grandalhão que comanda o Matanza e BNegão: apresentação furiosa no entardecer

Jimmy London, o grandalhão que comanda o Matanza e BNegão: apresentação furiosa no entardecer

Dezessete músicas em cinquenta minutos. Não é preciso ser bom em matemática ou estatística para perceber a intensidade do show do Matanza, no último domingo (25/9), no Rock In Rio. O grupo reuniu o maior público do Palco Sunset no horário – duas e meia da tarde – e detonou uma saraivada de músicas cantadas a plenos pulmões por cada um dos camisas pretas que chegou cedo à Cidade do Rock. O grupo enfrentou pouco dos problemas técnicos que se proliferariam depois (saiba mais aqui), e, sempre que o microfone de Jimmy London falhava, o público continuava a cantoria.

Paulão: mistura de Marduk e Mr. Catra

Paulão: mistura de Marduk e Mr. Catra

O início com “Remédios Demais”/“Ressaca Sem Fim”/“Meio Psicopata”/“Bom é Quando Faz Mal” é estonteante e pega a ansiedade do público que viajou horas e horas de jeito. Jimmy rege – literalmente - a platéia, que começa a agitar, abrindo rodas e pulando. Impressionante como o público do heavy metal abraça a banda, cujas origens estão no hardcore e na criação do chamado country hadrcore. Prova de que as incursões pelos riffs metálicos dos últimos discos não passaram em branco. O repertório tem poucas músicas do último álbum, “Odiosa Natureza Humana”, lançado este ano, e é calcado no disco/DVD ao vivo, de 2008 – pouco importa, todos cantam tudo.

O convidado do grupo – como reza a cartilha do Palco Sunset – é o rapper BNegão, que inicia a participação com uma versão ultrapesada de “Letter to the Censors”, do Mano Negra. Vele lembrar que Jimmy foi vocalista do Acabou La Tequila, grupo seminal do rock carioca, cuja referência principal era justamente o Mano Negra. Do único disco gravado com os Seletores de Freqüência, BNegão pinça o hardcore “Qual é o seu Nome?”. Anunciado por Jimmy como “uma mistura de Marduk com Mr. Catra”, Paulão, famoso como vocalista do Gangrena Gasosa sobe no palco para cantar “Dança do Patinho”. A música, mistura de rock, rap, funk, agrada geral, numa das grandes surpresas do show. Uma pena que Paulão, dono do maior vocal gutural de que se tem notícia, não esteja em atividade.

O malvadão Jimmy London...

O malvadão Jimmy London...

BNegão continua no palco para seguir o show só com músicas do Matanza, entre elas “O Chamado do Bar” e o hit “Ela Roubou Meu Caminhão”, até hoje a mais conhecida do grupo. Com o som começando a pipocar, o grupo se despede com a cantoria quase à capela de “Estamos Todos Bêbados”, interrompida bruscamente pela porrada “Interceptor V6”. Apesar dos problemas, o show mostrou que a noite prometia – e muito.

Set list completo:

1- Intro
2- Remédios Demais
3- Ressaca Sem Fim
4- Meio Psicopata
5- Bom é Quando Faz Mal
6- A Arte do Insulto
7- Carvão, Enxofre e Salitre
8- Letter to the Censors
9- Qual é o Seu Nome?
10- Dança do Patinho
11- Odiosa Natureza Humana
12- Clube dos Canalhas
13- O Chamado do Bar
14- Ela Roubou Meu Caminhão
15- Eu Não Bebo Mais
16- Estamos Todos Bêbados
17- Interceptor V6

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Comentários enviados

Existem 3 comentários nesse texto.
  1. @ViniciuSuzano em setembro 28, 2011 às 18:27
    #1

    Bom demais começar o dia (ou a noite) com o belo show do Matanza que na minha opinião foi o melhor (ou pelo menos o mais empolgante) show do Sunset.

  2. André Paumgartten em outubro 5, 2011 às 20:11
    #2

    O Paulão matou a pau!!!

  3. Oloko em outubro 6, 2011 às 5:43
    #3

    O segundo melhor show do Susent empatado com Korzus, só perdeu para o Sepultura.

    Foi foda

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