Rock In Rio: veja como é o Concerto Sinfônico Legião Urbana
Dado-Villa Lobos revela detalhes do tributo, que tem participações especiais
Depois de três dias de silêncio, o Rock In Rio volta na próxima quinta, recomeçando em grande estilo. Quem faz o show de abertura é a banda montada pelos integrantes remanescentes da Legião Urbana, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, acompanhada por uma orquestra sinfônica, comandada pelo maestro Roberto Minczuck. O grupo ainda irá receber vários convidados para cantar os sucessos da Legião, durante cerca de 50 minutos de show. Conversamos com Dado Villa-Lobos, que nos contou tudo, confira:
Rock em Geral: Como vai ser o Concerto Sinfônico Legião Urbana?
Dado Villa-Lobos: A sinfônica vai entrar fazendo um meddley de uns cinco minutos com alguns temas da Legião, só o instrumental. São seis temas, se eu não me engano termina com “Geração Coca-cola”. É uma orquestra de quase 60 instrumentistas, e aí a gente entra com “Tempo Perdido” e vai em frente.
REG: Quais são os músicos que tocam com você o Marcelo Bonfá?
Dado: A formação é eu, o Bonfá, um baixista, que é o Mateo Moreno, grande instrumentista uruguaio, e o Caio Fonseca, que vai tocar violão de aço. Basicamente é formação de baixo, bateria, guitarra e violão, com a orquerstra fazendo que seriam uns teclados, as melodias. A gente toca junto com a orquestra o tempo todo. É incrível, a gente ensaiou com a orquestra na sexta-feira, foi super, foi demais, grandioso, os arranjos muito emocionantes.
O ensaio foi com a orquesta toda?
Dado: É, num estúdio ali na Barra, no Polo de Cinema. Foi lindo, você vê os músicos super empolgados, amarradões em tocar, cantando as músicas juntos, é incrível.
Quem são os convidados?
Dado: São vários cantores: o Rogério Flausino (Jota Quest), Tony Platão, a Pitty, o Herbert Vianna (Paralmas do Sucesso), o Bonfá vai cantar uma música e a gente fecha com o Dinho (Capital Inicial). A música que fecha é “Por Enquanto”, mas a gente tem um bis, para tocar um grande sucesso, tipo “Pais e Filhos”.
REG: Você parerce bem animado…
Dado: Quando suas músicas ganham um arranjo de uma formação clássica, sinfônica, é porque é algo que tem certa relevância. Quer dizer que, primeiro, você tá velho (risos), o tempo passou e existe um certo respeito frente á sua criação, à sua obra, é mais ou menos isso.
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Renato Russo se revira no túmulo. Me lembro de uma entrevista para Folha de SP, ou Estadão, na época do Hollywood Rock, onde Renato dizia sobre a não participação da Legião no evento: “Não dá pra cantar nossas músicas com uma placa da Hollywood atrás. Para isso tem o Capital Inicial”. Imagino que sua postura hoje seria a mesma. Não dá pra fazer um show da Legião Urbana. E toda essa gente que vai cantar, Rogério Flausino, o cara da Fanta? Dinho Ouro Preto, eterno adolescente? Isso é Brasil! Dignidade Zero!