A polêmica atuação da Ministra da Cultura, Ana de Hollanda, também causa preocupação no meio independente. Na avaliação do presidente da ABRAFIN (Associação Brasileira de Festivais Independentes), Talles Lopes, a gestão não entende como funciona a cadeia produtiva da música. “Todas as primeiras medidas adotadas pela atual gestão de Ana de Hollanda têm um sentido de valorização de um modelo analógico de produção e difusão musical, que acaba centrando sua ação no criador e seu produto, sem compreender a cadeia produtiva da música como um processo, e assim construir políticas públicas estruturantes”, acredita o dirigente, em entrevista exclusiva a este Rock em Geral.

O presidente vê a postura com preocupação: “Esta visão é muito preocupante, pois sabemos o quanto é necessário ao Estado investir em políticas públicas estruturantes e descentralizadas, para assim termos condições de conviver com um mercado hegemônico e centralizador. Neste sentido, acreditamos que hoje é fundamental que um processo de mobilização de todo setor cultural seja colocado em curso com o objetivo de garantir a continuidade do diálogo”. Para ler a entrevista completa, clique aqui.

De acordo com nota publicada hoje (28/4), na Folha de São Paulo, o “Coletivo Mobiliza Brasil”, que reúne entidades ligadas à cultura, divulgou uma carta aberta à presidente Dilma Rousseff solicitando uma audiência para debater as políticas desenvolvidas pelo Ministério da Cultura. Ainda segundo a nota, a carta manifesta apoio às políticas desenvolvidas durante o governo Lula e acusa a ministra Ana de Hollanda de atuar contra os projetos da gestão anterior, como a reforma da Lei de Direito Autoral e a produção do Plano Nacional de Cultura. Um dos signatários do documento é o diretor do movimento “Fora do Eixo” Pablo Capilé, que também atua na ABRAFIN.

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