Fazendo História

Apresentação intimista do Bat For Lashes no Rio de Janeiro é prejudicada por problemas técnicos

Cobertura dos shows das bandas de abertura para o Coldplay na Praça da Apoteose, no Rio. Publicada originalmente no UOL Música, em 01/03/2010. Foto: Julio Cesar Guimarães/Divulgação UOL.

batforlashesuolO Bat For Lashes bem que tentou, mas o perfil intimista da música feita pelo grupo não conseguiu mobilizar a multidão que se acomodava neste domingo (28) na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro, durante a abertura do show do Coldplay. Com os músicos trocando de instrumentos entre si, e muitos detalhes a serem cuidados (acordeão, teclado, xilofone e sampler) a cada música, a vocalista Natasha Khan, líder do projeto, acabou travando uma dura batalha com o pessoal da técnica.

Batalha que não foi gritante aos ouvidos do público. A multidão à espera de Chris Martins só se animou para acompanhar um efeito sampleado imitando palmas e quando Natasha disse a única palavra que aprendeu em português: “obrigado”.

O som do grupo é uma espécie de encontro imaginário entre o Cocteau Twins e Björk, muito por conta da semelhança vocal entre ela e Natasha. O Coldplay bem que tentou ao convidar a banda para abrir seu show, mas o Bat For Lashes vai precisar de uma segunda chance, em local menor, para mostrar seu trabalho para os brasileiros com mais eficiência.

Já os cuiabanos do Vanguart, mesmo iniciando o show ainda com dia claro, teve mais sorte. Com qualidade de som e volume razoáveis, o grupo viu parte do maior público para o qual já tocou cantando “Semáforo”, seu grande hit. Mesmo investindo num folk rock de vocação para a simplicidade, a banda mostrou desenvoltura em meio a uma estrutura grandiosa, que pouco lhe é familiar, e recebeu aplausos localizados.

Como manda o protocolo, o vocalista Helio Flanders elogiou o Coldplay, mas também ensaiou um discurso pró-cena independente nacional, tendo como gancho a inclusão do grupo na abertura do show. “Cobrem, prestigiem”, sugeriu. O público também se animou com a versão country para “O Mar”, de Dorival Caymmi, uma das dez do repertório apresentado em exatos 30 minutos.

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