Fazendo História

Stress/Metalmorphose

Cobertura do show de 31/01/2010, no Canecão, publicada na edição número 141 da Revista Roadie Crew, de outubro de 2010. Fotos: Luciano Oliveira.

stresscanecao10Impossível não lembrar o Caverna 2, reduto do heavy metal carioca nos aos 80 onde tocavam Metalmorphose e Stress, ali, do lado do Canecão. Agora as bandas ocupam a casa onde “se escreve a história da música brasileira” num tom revivalista.

O carioca Metalmorphose é o mesmo do clássico split “Ultimatum”, com a Dorsal Atlântica. De volta à ativa há pouco tempo, o grupo está lançando “Odisseia”, CD/DVD gravado ao vivo no ano passado, e está se readaptando aos palcos para atualizar o repertório que já tem mais de 25 anos. No show ficou clara a falta de peso em algumas músicas, apesar de o grupo contar com dois guitarristas – Leonn Mansur e Felippão. O que não comprometeu, ainda mais quando o público vibrou com clássicos como “Maldição”, “Correntes”, que salienta a boa voz de Tavinho, e “Minha Droga é o Metal”. Só ficou faltando “Cavaleiro Negro”, uma das preferidas na época.

O panorama mudou com o Stress, talvez porque o grupo, que voltou à ativa há mais tempo, se mantenha na estrada. De volta com a formação de trio, com Roosevelt Bala (baixo e vocal), o grupo não fez por menos e começou com a clássica “Mate o Réu”. Bala também tem a voz conservada, embora não atinja os incríveis agudos de outros tempos. O batera André Chamon, outro remanescente da época, está com a mão mais pesada que nunca, garantindo uma interessante pegada de power trio, completado pelo guitarrista Paulo Gui. O repertório abrangeu os três álbuns do grupo, com ênfase em “Flor Atômica”, o primeiro LP de uma banda de metal nacional lançado por uma grande gravadora. As melhores foram “Não Desista”, “Sodoma e Gomorra” e “Mísseis Nucleares”.

No final, o grupo reviveu a formação da época em que se mudou de Belém para o Rio, chamando ao palco Alex Magnum (guitarra) e Bosco (baixo) para o hino “Heavy Metal”. Antes, foi DiCastro, do Sangue da Cidade, que participou de “Coração de Metal”, parceria com Roosevelt. O grande final trouxe de volta os integrantes do Metalmorphose para tocar a música tema do documentário “Brasil Heavy Metal”, feito pelo Stress, e, mais uma vez, “Minha Droga é o Metal”. Uma noite histórica para o metal carioca, que só não foi melhor pelo fraco comparecimento do público.metalmorphosecanecao10

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