Mark Knopfler ganhou do pai uma Fender Stratocaster vermelha, mas não tinha um amplificador. Para ouvir o que tocava, desenvolveu a técnica baseada num dedilhar mágico das cordas que se transformou na indelével marca do Dire Straits. O fato é revelado no documentário da série “Arena”, da BBC, anexado ao show. As duas noites no Hammersmith Odeon, em Londres, em 1983, mostram o auge do grupo, antes do estouro via MTV com “Money For Nothing”. Em 90 minutos, dez músicas resumem a melancolia feliz (“Romeo & Juliet”); a fusão da música dos campos americanos com o folk britânico, sacada do escocês Knopfler (“Once Upon a Time In The West”); e mostram músicos na ponta dos cascos, com o virtuosismo na medida certa para o pop de mais substância (“Solid Rock”). Se você considera “Sultans of Swing” clichê de FM, faça as pazes com a história.

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