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Wishbone Ash

Phoenix Rising
Classic Ash: Then & Now
(DVD Palace)

wishboneashphoenixApesar da foto da contracapa, em que o Wishbone Ash aparece em uma das formações recentes, num show de festival a céu aberto, este vídeo é na verdade uma coletânea de vários momentos do grupo, entre 1971 e 2003. Eles aparecem alternados, como extratos de shows gravados ao vivo ou apresentações em estúdio de rádio ou TV. Ao todo, aparecem 14 músicas, em 15 gravações de três fases: 1971/72/73, 1989 e 2003.

A de 1989, época do lançamento do disco “Here to Hear”, que até tem boas músicas, mostra um grupo completamente anacrônico, em dissintonia com si próprio, porém se esforçando para ser contemporâneo. O que pega é um look “new romatic” de dar dó. As três músicas foram pinçadas de outro DVD do grupo, intitulado simplesmente “Wishbone Ash”. A instrumental “das antigas” “Real Guitars Have Wings”, uma bela amostra das twin guitars típicas do Wishbone Ash, se destaca entre boas gravações mais recentes (para a época) como “Cosmic Jazz” e “Why Don’t We”.

A fase 2003 marca a formação liderada por Andy Powell que passou pelo Brasil, num dos melhores momentos entre os mais recentes. Pena que a gravação, feita em Londres, não é das melhores, com poucas e mal posicionadas câmeras, além de o público estar sentado, num esquema de auditório que não contribui. As sete músicas valem mais pela pegada ao vivo da banda, com destaque para grandes clássicos como “Living Proof”, a longa e belíssima “Phoenix”, e a sempre cativante “Blowin’ Free”.

Os vídeos mais antigos servem pelo registro raro da formação clássical, com Andy Powell (guitarra e vocal), Ted Turner (guitarra e vocal), Martin Turner (baixo e vocal) e Steve Upton (bateria). Na BBC, de Londres, em 1971, o grupo aparece tocando a esquecida “Quo Vadis” e ainda a excelente “Jailbait”, com a indumentária marcante da época. Bateria montada à frente dos guitarristas e do baixista, parece playback, mas não é. A versão ao vivo para “Blowin’ Free” aparece num registro para a TV australiana em 1972, em p/b, e mal se identifica quem é quem. Em “Warrior”, de 1973, aparecem as cores e mais uma vez vale o registro e se salva a qualidade satisfatória do som, como, aliás, de todo o DVD. Há que se procurar outro vídeo para eternizar um grupo histórico e influente como Wishbone Ash. Se puder, evite esse, a menos que você seja um grande colecionador.

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