Fazendo História

Cidade do rock

Fazendo o dever de casa, Goiânia se transforma num dos principais pólos do rock independente nacional. Matéria de capa da edição número 22 da revista Outracoisa, de agosto de 2007. Foto: Jr. Vilefort/ Divulgação.

kombi02Se existe um lugar em que o rock independente está dando certo nesse País, esse lugar se chama Goiânia. Em pouco mais de treze anos a cidade se inseriu fortemente dentro do cenário da música independente e criou aquilo que todo mundo gosta de chamar de cena. Goiânia tem uma das maiores gravadoras independentes do Brasil, muitas bandas, três festivais de projeção nacional, programas de rádio e publicações independentes, e – o melhor – tem formado um público segmentado e fiel à nova música brasileira, numa época em o que o “ser eclético” é que dá o tom. Mais: ajudou a impulsionar a experiência de uma nova lógica de mercado em outras capitais também distantes dos pólos culturais do sul maravilha, que hoje se conhece como Movimento Fora do Eixo, e ainda participou da criação da Abrafin – Associação Brasileira de Festivais Independentes, já que o presidente é um goiano roqueiro.

Uma das premissas da tal lógica de mercado é o trabalho a médio e longo prazo que visa muito mais a consolidação de uma carreira do que estopins cada vez mais esporádicos no mercado fonográfico. Um trabalho de formiguinha que só começa a aparecer depois de contabilizados dez, 13 anos de atividade. Tanto que só agora é possível enxergar como a coisa se deu em Goiânia, que, a bem da verdade, ainda precisa ser mais bem sucedida no quesito rentabilidade. “A situação hoje não é tão profissional, financeiramente os caras continuam tendo que viver de outras coisas, mas é profissional no campo da produção, no realizar. Os discos e as coisas da Monstro são muito bem feitas”, conta Fabrício Nobre, se referindo à Monstro Discos, a principal gravadora/produtora de Goiânia. Há dez anos, Nobre, que hoje é presidente da Abrafin, era apenas um freqüentador do Goiânia Noise Festival, o evento considerado divisor de águas na cidade e que chega agora à décima terceira edição. Insatisfeito por não ver sua banda (MQN) no elenco do festival, ele decidiu arregaçar as mangas e fazer o seu próprio. Assim surgia o Bananada, em 1999, o outro festival que faz a fama da cidade, e acontece no primeiro semestre. O nome é uma referência ao selo de Fabrício, o Me And My Monkey Records, e à forma de dar uma banana para uma certa feira Agropecuária com ênfase na música sertaneja que acontece na mesma época. Pouco tempo depois Fabrício se juntou à Monstro, que hoje é gerida por pelo quarteto de ferro completado por Leo Razuk, que já trabalhava com ele, Leo Bigode e Márcio Jr.

Formando um público rock

Fabrício e o Bananada podem ser chamados de segunda geração do rock de Goiânia. Pioneiros mesmo foram Leo Bigode e Márcio Jr., que, empolgados com a efervescência do rock nacional mostrada na TV via cobertura do histórico Festival Junta Tribo, realizado em Campinas em 93 e 94, decidiram fazer algo parecido em Goiânia. Juntos eles mantinham a loja Sonic, que também era um selo de fitas cassete. Márcio se lembra muito bem: “Eu tinha acabado de montar o Mechanics e havia uma nova leva de bandas que eram muito legais e inspiradoras, tipo um novo rock brasileiro”. O mundo ainda vivia o rescaldo do sucesso das bandas de Seattle. Se um grupelho de uma gravadora de uma cidade do interior como o Nirvana podia dominar o mundo da música pop, por que não fazer isso acontecer aqui? Não por acaso hoje volta e meia Goiânia é chamada de “Seattle brasileira”. E pensar que no início as pretensões eram mínimas. “A gente só queria trazer bandas de fora pra tocar aqui e que as nossas bandas tocassem fora”, lembra Leo Bigode. Queríamos que mais bandas aparecessem, que o cara que tava ali vendo o show no ano seguinte tocasse com a banda dele. Cumpria a função do festival”.

Uma outra função do festival, bem mais interessante, foi a de formar público. Quem costuma ir ao Goiânia Noise vê sempre uma boa quantidade de gente cantando junto com quase todas as bandas na frente do palco. O publicitário Eudenes Romão é um desses. Não só viu a gênese do festival como foi a todas as edições. “É a melhor oportunidade de sacar o que existe no universo independente. O perfil do festival e público permite uma liberdade na escalação que em outra cidade pareceria esquizofrênica, mas aqui rende shows imprevisíveis”, avalia ele, que batiza o movimento local de Grock. Já a estudante Bárbara Junqueira, que tinha 5 anos quando tudo começou, viu o rock nascer para ela através do GNF. “A primeira vez que fui a um festival de rock foi no Noise, fiquei encantada. A evolução foi tão grande quanto meu gosto musical. O primeiro que fui foi o oitavo, e desde então o festival só tem melhorado”, vibra. E vai além: “A cena underground de Goiânia é dividida entre antes e depois da Monstro. Foi quando a cena indie ficou muito forte na cidade e nunca mais foi embora”. Bárbara é o típico exemplo do público formado em Goiânia, que senão é de grandes proporções, mostra uma fidelidade ao jeito independente de ser. “A gente conseguiu formar um público de três, quatro mil pessoas que realmente gosta de música independente. Eles vão pra pirar no show, isso é que é impressiona as bandas que vêm tocar e emociona quem é da cidade”, aponta Fabrício.

Jimmy, o vocalista grandalhão do Matanza, é um que, olhando de cima do palco, sabe do Fabrício está falando. “Graças aos monstros aquilo é uma cidade muito doida. Aqueles caras botaram todo mundo pra ouvir rock, e hoje tem uma juventude que sai de noite de preto pra ouvir rock. Em Goiânia o show do Matanza é muito doido, é foda”, diz ele. Em 12 edições o festival já aconteceu em tudo o que é lugar: ginásio de escola, cinema pornô… E hoje se estabeleceu no Centro Cultural Oscar Niemayer, inaugurado no ano passado. A primeira edição foi cooperativada, cada banda pagou R$ 50 para tocar. Já a desse ano está orçada em R$ 700 mil, tem como patrocinadores/apoiadores a Petrobras, Lojas Novo Mundo, cerveja Sol, Sebrae e Secretaria Estadual de Cultura, entre outros. A expectativa de público é de 15 mil pessoas, nos três dias. Já tocaram no GNF nomes como Psycho Drops, Tequila Baby, Dance Of Days, Relespúbica, Wander Wildner, Ratos de Porão, Los Hermanos, Violeta de Outono, Cachorro Grande e Cólera, entre tantos outros. Em meio a muitos eventos paralelos, nesse ano acontece no GNF a reunião anual da Abrafin. Não por acaso , um edital da Petrobras classificou seis festivais filiados à entidade, isso sem falar no pioneiro Abril Pro Rock , de Recife, e no Porão do Rock, de Brasília, que já tinham o patrocínio da maior empresa da América Latina.

Articulação e ocupação de espaços

Festival implantado, chegava a hora de a dupla criar um selo. A idéia era deixar de lado aquela coisa de fitinha demo e partir para lançar disco. Em plena era do CD, o primeiro lançamento da Monstro foi um vinil azul do Mechanics, única banda que participou de todas as edições do Goiânia Noise. “A Monstro começou como selo, fazemos porque gostamos mesmo, a gente sabe que vender música no Brasil não dá dinheiro”, conta Leo Bigode, mandando a real. “Na época ninguém fazia vinil, tinha um só, do Pin Ups, e o resto eram os punks, mas era preto com negócio xerocado. Eu falava: Vamos gastar 300 paus a mais e fazer uma capa colorida, um vinil lilás, vamos inventar, vamos tirar onda. Já que não vamos ganhar dinheiro, vamos fazer as coisas mais loucas”. As coisas mais loucas foram ficando cada vez mais sérias e freqüentes, e hoje, nove anos depois, a Monstro já contabiliza quase cem lançamentos, sendo 30 de Goiânia, num total de 20 artistas. Entre as 70 de fora da cidade, nomes de destaque como Autoramas, mundo livre s/a e Ratos de Porão, entre outros. E o número cem promete mais loucura. “O ‘Monstro 100’ vai ser vai ser um box com seis CDs compilando uma música de cada lançamento, acompanhado de um libreto com a história da Monstro, dos discos e das bandas. Vai ser um box bonitão, igual aquele da Alternative Tentacles, que junto com a Estrus é referência forte pra gente“, entrega Márcio, citando duas das mais representativas gravadoras independentes americanas.

Hoje a Monstro é uma produtora que realiza os dois festivais, tem um programa numa rádio local e é uma das gravadoras mais requisitadas no meio. “A cada segundo ligam 400 pessoas pra gente querendo lançar um disco pela Monstro, de banda de black metal até música sertaneja”, exagera Márcio, que atribui a procura à estrutura que a equipe desenvolveu. A saída para atender a essa demanda sem alterar o padrão de qualidade definido desde a criação do selo foi a estruturação de um sub selo, o Alvo Discos. “Está cada vez mais difícil vender CD, então a gente trabalha com uma visão articulada de tudo, somos uma gravadora, uma produtora, etc. Existe um tipo de logística que a gente vende pra quem não se enquadra no perfil estético da Monstro, que é o Alvo, que tem mais de 20 discos lançados”, justifica Márcio. Toda essa articulação, no entanto, não seria possível se não houvesse uma atuação no campo político, que tem rendido frutos num âmbito regional (junto à Prefeitura de Goiânia), mas ampliado com o apoio da Abrafin. “A gente atua num campo de política pública para a cultura, porque a nossa produção cultural é tão legítima quanto as coisas regionais daqui. Reduzir Goiânia a um só tipo de manifestação cultural é de uma pobreza que a gente não pode aceitar. Então a gente começou a se articular politicamente para poder ocupar os espaços”, define Márcio, candidato declarado a vereador.

A terceira geração e o desafio de não morrer na praia

Os frutos desses 13 anos de atividades não são colhidos só nos eventos promovidos pela Monstro. Além da formação de um público fiel, as atividades boladas pela produtora agitaram a cena de tal forma que já se pode notar uma terceira geração do rock goiano, mais claramente no festival Vaca Amarela, que acontece desde 2001, e é produzido pela Fósforo, um outro selo independente da cidade. Articulado com o circuito fora do eixo, o festival teve sua grande edição nesse ano, reunindo 32 bandas em dois dias. “Fora isso tivemos 35 eventos realizados (média de um evento a cada 10 dias), quatro EPs e três CDs lançados, além de 22 bandas trazidas de outros estados e uma do exterior”, contabiliza Pablo Kossa, produtor executivo. Ele reconhece a importância do pioneirismo da Monstro na hora de montar sua empreitada. “A Fósforo é fruto do trabalho da Monstro, todos nós nos formamos dentro dos eventos deles. O Vaca Amarela nasceu de uma reação aos festivais deles. Eu tinha uma banda que não tocava nos eventos deles e resolvi fazer meu festival pra tocar na hora em que eu quiser”. Lembram da história de Fabrício e o Bananada? Então… Só que nesse caso, apesar do clima amistoso, não deverá haver uma fusão da Monstro com o Vaca. “Isso tem um papel fundamental para aumentar a cena, eles acabam desafogando a gente, fazendo as coisas que a gente não dá conta de fazer”, acredita Leo Bigode. “Não rola competição alguma, muito pelo contrário. Concorrência é coisa para o mercado de refrigerantes, não para a música independente”, crava Pablo. Se antes a Monstro incentivava a montagem de novas bandas, hoje inspira a formação de produtores e outros profissionais ligados à cadeia produtiva de eventos do rock independente.

A preocupação de Leo Bigode em dar ou não conta de toda a produção ligada o rock em Goiânia traz a questão de para onde aponta o crescimento da cena independente, não só lá no Cerrado, como em todo o Brasil. Afinal, aonde isso tudo vai dar? Pra Fabrício Nobre, “músico é um trabalhador de classe média como qualquer outro. Eu torço para que tenha um monte de mercado médio, cada vez menos popstar. O jeito que a Monstro trabalha pode ajudar algumas bandas a construir carreiras, e o modelo de festival da gente já serve de exemplo para o Brasil inteiro”. O tal mercado médio a que ele se refere é aquele em que um artista não vende milhões, mas o suficiente pra pagar as contas e tocar a vida às custas do rock. “Hoje você não fica refém de uma estrutura que não atendia a mais ninguém, e isso é muito bom porque a coisa vai se descentralizando”, concorda Márcio Jr. “Mesmo que a gente venda menos discos, é melhor, porque é um momento de desestruturação de um formato equivocado. Há 15 anos existia um mercado consolidado da indústria fonográfica e a gente brincando de fazer rock. Agora não é mais brincadeira, é um negócio. E a gente tem uma vantagem que não estamos enclausurados num escritório, mas no dia a dia da produção musical”, acredita. Já Leo Bigode enxerga um grande desafio pela frente. “A música tá vinculada à mídia. Eu tenho certeza que se alguma banda nossa tocasse na grande mídia venderia. Eu queria que o público do Charlie Brown comprasse o disco do MQN ou do Carbona, mas a massa nem sabe que a gente existe. Há cinco anos o grande desafio era a distribuição, hoje o disco chega nas lojas. A questão agora é o cara saber que existe, senão vai todo mundo morrer na praia”, prevê.

Raio X
O que faz de Goiânia a Meca do rock independente nacional

Principais bandas
Hang the Superstars
Mechanics
MQN
Barfly
Violins
Valentina
The Rockefellers

Selos
Monstro
Alvo Discos
Fósforo
One Voice
Two Beers or Not Two Beers
Anti Records
Allegro Discos

Festivais
Goiânia Noise Festival (15 mil pessoas)
Bananada (5 mil pessoas)
Vaca Amarela (2 mil pessoas)
Rock In Sopa (mil pessoas)
Marmelada (mil pessoas)
Miscelânea (mil pessoas)

Mídia
Revista Decibélica
Zine Dr. Gore
Rádio Venenosa FM
97 Noise (Rádio 97 FM)
Rádio Universitária
Rádio on line: www.radiomidia.com

Locais de show
Centro Cultural Martin Cererê
Capim Pub
Horda Sex Rock
Vai Tomar no Kuka Bar
Woodstock
Estúdio República
Ambiente Skate Shop
Bolshoi Pub

Principais shows internacionais
Man or Astroman?
Superchunk
Marillion
Mudhoney
Nebula
Deep Purple
Lemonheads
Guitar Wolf
Cake
The Tormentos
Nashville Pussy
Aha

1.093.000 habitantes

35 shows de bandas de fora da cidade em 2007

Seleção independente
Veja quem toca no 13º Goiânia Noise Festival

A décima terceira edição do Goiânia Noise acontece, assim como no ano passado, no pomposo Centro Cultural Oscar Niemayer, no final de novembro. Ao todo são 39 bandas, além de três (uma por dia) que sairiam de seletivas virtuais não concluídas até o fechamento desta edição. Os destaques são as atrações internacionais The DTs e The Battles, e as brasileiras Sepultura, Pato Fu e mundo livre s/a. Mas o festival oferece um amplo panorama do que tem rolado no rock independente nacional e da América Latina, além de mostrar as bandas locais. No CD encartado nesta edição, uma prévia com vinte bandas que estarão no GNF. Destaque para Júpiter Maçã, com a impagável “Beatle George”; para a participação de BNegão em “Pedra e bala”, do Cordel do Fogo Encantado, e para o yankee The DTs, com “Freedom”, entre tantas bandas legais. Confira a programação completa:

Sexta, dia 23
Mugo (GO)
Seven (GO)
Barfly (GO)
Superguidis (RS)
Cooper Cobras (RJ)
Violins (GO)
Os Haxixins (SP)
MQN (GO)
Sick Sick Sinners (PR)
Móveis Coloniais de Acaju (DF)
Rubín & Los Subtitulados (Argentina)
The DTs (EUA)
Pato Fu (MG)

Sábado, dia 24
Woolloongabbas (GO)
Control Z (GO)
Valentina (GO)
Pelvs (RJ)
Sangue Seco (GO)
Kassin + 2 (RJ)
Perrosky (Chile)
Mechanics (GO)
Mukeka di Rato (ES)
Korzus (SP)
The Legendary Tigerman (Portugal)
Jupiter Maçã (RS)
Cordel Do Fogo Encantado (PE)

Domingo, dia 25
Perfect Violence (GO)
Black Drawing Chalks (GO)
Rollin’ Chamas (GO)
Ecos Falsos (SP)
Damn Laser Vampires (RS)
Macaco Bong (MT)
Motherfish (GO)
Pata de Elefante (RS)
Spiritual Carnage (GO)
The Battles (EUA)
Motosierra (Uruguai)
Mundo Livre SA (PE)
Sepultura (MG)

Edital da Petrobras contempla seis festivais ligados à Abrafin

Um edital de festivais independentes lançado pela Petrobras no início do ano previa um investimento de R$ 2,5 milhões. Finalizado o processo de seleção, dos 250 eventos inscritos 24 foram selecionados, sendo seis deles afilados à Abrafin. Juntos eles açambarcaram R$ 860 mil, o que corresponde a cerca de quase 35% do total. “A Abrafin foi parceira da Petrobras na construção do edital, e me impressiona o grau de organização e de consciência do mercado que a entidade tem. É um sinal positivo de que dentro de um cenário caótico, em que todo mundo reclama, há um pessoal encontrando as próprias soluções”, avalia Cláudio Jorge Oliveira, coordenador de patrocínio à música da empresa.

A Petrobras já patrocina festivais de música popular há dois anos, incluindo o Abril Pro Rock e o Porão do Rock, também afiliados à Abrafin, e decidiu ampliar o leque a partir da análise do mercado musical brasileiro. Para Cláudio Jorge, “no atual cenário, o festival tem um papel de difusão do trabalho dos artistas, que não é cumprido pelas rádios e pelo mercado. É interessante associar a marca a eventos que trazem um grande público, e festivais de música pop alcançam um público que não é contemplado por outros patrocínios da Petrobras”.

Para a Abrafin, que contribuiu inclusive na elaboração do edital, o apoio da maior patrocinadora cultural do País, embora nem todos os festivais afiliados tenham sido contemplados, representa uma grande vitória para o mercado independente, sobretudo pela transparência do processo. “O edital foi feito de um jeito super honesto, não porque fomos selecionados, mas por causa das etapas de seleção, foi bem tudo muito bem feito”, analisa o presidente Fabrício, “até agora estou muito bem impressionado”.

A Petrobras não confirmou quanto tempo irá durar esse apoio, mas, com o bom desempenho esperado e o crescimento do mercado independente, a tendência de continuar é grande. “A Abrafin trouxe uma respeitabilidade institucional. Às vezes o governo ou grandes empresas precisam ver que há um presidente de uma associação nacional para entender que a coisa é séria”, acredita Fabrício. “Esse mercado que a gente realiza é real, os números estão aí”.

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