Fazendo História

Plumas e paetês

Três novas bandas do rock nacional apresentadas na Outracoisa 20, de maio de 2007

star61O Star 61 entrou para o mapa do rock nacional ao vencer a etapa de Recife do Claro Que é Rock, em 2005. O DVD promo (chique, né?) que chegou aqui na redação reúne a primeira demo e “Fliperama”, do ano passado, além do clipe de “Fácil Demais”, apresentações em vídeo gravadas em festivais em que a banda tocou e outros mimos. Quem já viu o show do quarteto certamente não ficou imóvel ante a performance de Flaviano André, um magricela andrógino que estampa em si próprio os trejeitos de David Bowie e de Ney Matogrosso dos tempos do Secos e Molhados. O som tem pitadas de hard rock e metal, mas é no glam rock setentista que a banda se sente mais à vontade. A impagável “Polegada Irada”, chupada do filme “Hedwig And The Angry Inch” é o grande hit deles, e a banda, que é da Paraíba, só não está numa grande gravadora porque os tempos são outros mesmo.

Com o fim do Jimi James Christian Kochenborger não pensou duas vezes: se mandou para Porto Alegre e lá montou o duo Canja Rave (com a baterista Paula Nozzari (ex-Cidadão Quem e DeFalla), que vinha tocando com os Telecats de Érika Martins. Se você pensou em White Stripes, errou. O baixista se encantou com a guitarra, sim, mas o som do Canja Rave passa longe do classic rock de Jack White, a começar pela afinação mais grave e porque os dois cantam em todas as músicas, muitas vezes narrando histórias. Essa demo (na verdade uma amostra bem do início da banda) traz quatro músicas, e “Filme do Elvis” é a mais legal. Eles já têm um single, (“Chega!”) e devem lançar o primeiro disco ainda esse ano.

lenoreO negócio do goiano Lenore também é experimentar. Tanto que as músicas desse CD demo, que tem como garoto propaganda o Papa João Paulo II, são todas instrumentais e deságuam invariavelmente em jams sessions ao final. Piruetas instrumentais? Virtuose? Surf music? Não, minimalismo dos bons, ainda que a banda reivindique referências ao doo-woop e soul. Afora algumas passagens melancólicas à indie rock e Radiohead, o quarteto se sai muito bem em algumas músicas, como a assoviável “Balzaquiana de Vestido Florido” – dá até para imaginar a personagem – e “Barbara Bergmann”, outra em que as guitarras crescem assustadoramente.

Contato:
http://tramavirtual.uol.com.br/artista.jsp?id=5723
http://www.canjarave.blogspot.com
www.myspace.com/thebandlenore

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