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Nickelback

Live At Sturgis 2006
(Laser Company)

nickelbacksturgisAssim que sobe no palco do festival “Rockin’ The Rally”, Chad Kroeger faz questão de mostrar que ele e sua banda estão a fim de botar pra quebrar. O riffaço que sai das duas guitarras durante a música “Animals”, na frente de cerca de 35 mil pessoas, impressionadas ainda com clarão que vem de um telão gigante e de sucessivas intervenções pirotécnicas não deixam dúvidas: é uma noite daquelas de pirar com o rock’n’roll. E o que menos importa é se estamos diante de um grande ícone ou não; o que vale é o que as guitarras vão fazer para contribuir com o clima de “piração” que paira no ar e será completado por uma sucessão de moças com blusas levantadas sobre os troncos de fortes rednecks.

É verdade que, mesmo com grande sucesso nos Estados Unidos, o pós grunge acabou não decolando por aqui, mas o canadense Nickelback se estabeleceu no mercado com cifras impressionantes a ponto de, sim, ser uma unanimidade não burra acima da Linha do Equador. O “Sturgis” do título se refere à cidade do centro-norte americano onde acontece anualmente o encontro de milhares de motociclistas de todo o mundo, multiplicando por muitas vezes a população de menos de 7 mil habitantes do local. Só que todos parecem ter saído com suas máquinas envenenadas diretamente do filme “Easy Rider” para o evento. A história do rally, que acontece há mais de 60 anos, e que um tempo pra cá passou a fazer o festival, aparece num dos bônus do DVD, junto com cenas de backstage (uma mini entrevista com a banda), galeria de fotos e o interessante clipe para “Rockstar”, repleto de celebridades do mundo do rock.

O repertório do Nickelback, em cerca de uma hora de show, é alternado por grandes porradas e as baladaças típicas do pós grunge, e tem nos intervalos o péssimo hábito do vocalista e guitarrista Kroeger fazer comentários, até para que o palco se adapte entre a constante troca de violões por guitarras. Uma das mais pesadas é “Side of a Bullet”, uma homenagem ao amigo Dimebag Darrell, guitarrista do Pantera assassinado sobre o palco em pleno show por um desses atiradores americanos em 2004. A música, ainda mais pesada na versão ao vivo, faz jus ao guitarrista, que aparece nas imagens exibidas no telão. “Never Again”, tocada antes, é outra detonante e que agita uma platéia – repita-se – disposta a tudo par se divertir.

Entre as baladas há a famosa “How You Remind Me”, citada por Kroeger como a música “que colocou o Nickelback no mapa”, “Photograph” e “Far Away”. Embora emocionem, não são elas que ficam na cabeça do público naquela noite, mas sim os clichês indispensáveis ao rock, os quais o Nickelback se apropria sem a menor cerimônia. Assim, no segundo bis, o encerramento vem com sucessivas viradas de bateria, acompanhadas pelos demais instrumentos, explosões, fogos para o alto e em cascata (outra constante em todo o set) e tudo que um hipotético relicário do rock um dia guardará. Para o público, certamente, o fechamento ideal de um final de semana inesquecível. Rock!

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Comentários enviados

Apenas 1 comentários nesse texto.
  1. Helen em agosto 17, 2009 às 20:01
    #1

    Os caras são muio bons! Não tenho dúvida disso!

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