Música Que Não Existe

L.A.B.

Com menos de seis meses de vida, rock eletrônico de banda gaúcha circula pela internet e toca em rádios no Brasil e até no exterior. Foto: Divulgação.

labQuanto tempo é preciso uma banda existir para chegar a um nível de entrosamento razoável? Uma temporada completa de shows? A gravação e lançamento de dois ou três discos? Bem, aí depende da banda. No caso do L.A.B., parece que ela já nasceu pronta, no verão de 2009. Isso mesmo, no começo desse ano. Um EP virtual foi lançado em seguida e pimba! Já tem gente tocando músicas como “O Melhor Sorriso” e “Segundo Andar”, como a britânica Sky FM e outras rádios mais próximas, caso da Unisinos, de São Leopoldo, Rio Grande do Sul, e Tropical, em Natal, Rio Grande do Norte.

Mas perto de que, afinal? Se no mundo virtual nada é longe, basta um scrap no orkut, uma breve troca de e-mails e tudo está ao alcance das mãos. Mesmo sendo o L.A.B. de Novo Hamburgo, cidade colonizada por alemães na região metropolitana de Porto Alegre. Formam o trio Dan Schneider (vocal, baixo, guitarra e programações), Fê Fischer (guitarra, baixo e vocal) e Moa Jnr. (bateria e vocal). O tal EP, “Lass A Bullshit” (L.A.B., sacou?), pode escutado na íntegra na página da banda no MySpace.com ou baixado com uma qualidade superior no Megaupload. Ele foi masterizado – que chique – em Bristol, na Inglaterra.

O L.A.B é da linhagem de bandas como New Order, Eurythmics e Depeche Mode, entre outras, que usam a eletrônica a favor do rock. Não que seja retrô, ou dessas que fazem dos anos 80 um almoxarifado de referências ignóbeis. Tampouco se assemelha ao nefasto electro rock que usa o rock contra ele próprio. O L.A.B. é uma banda de rock de verdade que sabe muito bem dosar eletrônico e orgânico. O som é, de fato, moderno. Sem ser moderninho. E eles aconselham: “ao ouvir, feche os olhos quando sentir vontade. Nós também fechamos”. Olhos e ouvidos abertos, isto sim.

As letras seguem um pouco a linha humanos/mecânicos/eletrônicos e suas decadências futuristas, muito embora não seja isso nenhuma novidade – o finado Astronautas, de Recife, que o diga. A melhor música é, de longe, “Segundo Andar”, que abre o EP e tem mais de 8 mil audições computadas. “Será que o mundo acabou? Será que tudo terminou?”, pergunta a letra sob uma batida levemente dançante, mas nem um pouco metida a feliz. Outra legal é “Visão Além do Alcance”, essa com vocação para as pistas e para o pop de uma forma mais ampla. “Uma Vida em 8 Bits” fecha a trinca das preferidas da casa, com ritmo desacelerado e uma boa melodia que nem o blip repetitivo atrapalha.

Enquanto eles ainda desenrolam a apresentação física do EP, provavelmente no formato SMD e com um belo material gráfico, já estão gravando um segundo. O negócio é ficar de olho no próprio MySpace, ou no orkut deles… Ou, quem sabe o twitter, que já andou sendo recomendado por aí. Isso se você não der de cara com os figuras do L.A.B. em carne e osso, num dos dez shows agendados até agosto, incluindo passagens por São Paulo, interior e capital.

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Comentários enviados

Existem 2 comentários nesse texto.
  1. Gabi Tellini em julho 2, 2009 às 12:56
    #1

    a lab é mesmo foda!! parabens gurizada!!! :)

  2. cabelo em julho 2, 2009 às 15:33
    #2

    Afudê a banda! Novidade em 8 bits…

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