Fazendo História

Iron Maiden no Rio – A festa

Matéria feita para um Box sobre a passagem de dois integrantes do Iron Maiden pelo Rio, em 2002, para lançar o álbum ao vivo “Rock In Rio”, gravado no festival de mesmo nome, em 2001. Publicada na Roadie Crew. Foto: Marcos Bragatto.

ironfesta02Os dois guitarristas do Iron Maiden, Adrian Smith e Janick Gears, tiveram uma passagem relâmpago pelo Rio de Janeiro para promover o lançamento de “Rock In Rio”, álbum ao vivo do grupo, gravado há cerca de um ano no festival.

Durante à tarde, Adrian e Janick concederam entrevista coletiva o Hotel Sheraton, zona sul do Rio. Em cerca de quarenta minutos, eles fizeram comentários sobre o disco, dando ênfase à participação do público brasileiro, citado, mais de uma vez, como o “melhor do mundo”. Após a coletiva, eles receberam cerca de trezentos fãs, escolhidos através de promoções de rádio, de outros estados e de cidades do interior do Rio, que chegaram em ônibus fretados. Janick e Adrian pacientemente distribuíram autógrafos e tiraram fotos com a maioria deles.

À noite, no Rock In Rio Café, a EMI, gravadora da banda, promoveu uma festa de lançamento, ainda com a presença de Janick e Adrian, e mais 150 convidados e 250 fãs, também escolhidos através de promoções. Enquanto eles não chegavam, o tradicional grupo The Trooper, um dos melhores cover de Iron Maiden do Rio, animava o público, arrancando aplausos. O mérito do grupo, liderado pelo vocalista Luís Siren (também da banda progmetal Atlantis) é misturar todas as fases do Maiden, desde Paul Dianno, até o retorno e Bruce Dickinson. “Die With Your Boots On” e “Brave New World” foram as músicas mais ovacionadas.

Já passava das 23 horas quando Adrian Smith e Janick Gears chegaram ao Rock In Rio Café, mas eles não se demoraram muito. Com muitos seguranças e fãs em volta, eles autografaram vários posters e CDs, e foram aplaudidos na parte superior da casa, de onde agradeceram o apoio dos fãs. Em meio a muita confusão, a dupla teve que deixar a festa, saindo pela cozinha e driblando a multidão que estava do lado de fora.

Embora rápida, a passagem do Maiden pelo Rio valeu pela festa, que mostrou como é possível uma casa de boa estrutura promover eventos de metal, com bom público e som pesado. Fica o exemplo de que não é preciso ser mal feito para ser underground. E que o mundo seria bem melhor assim, com metal para quem gosta de metal.

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