Música Que Não Existe

Ricotta

Tagarela da internet ou “artista sensível com feeling”? Felipe Ricotta deixa o Kiabbo pra lá e bota a banda na rua. Nos mundos virtual e real. Foto: Ariel Martini/fotolog oficial.

ricottaVocê já deve ter observado, dentro da programação da MTV, que enquanto Marcelo Adnet interpreta zilhões de personagens engraçados por minuto, um sujeito mascarado que atende pela alcunha de Kiabbo segura um violão e faz um comentário qualquer. Pois saiba que o coadjuvante, quando não está ali se esforçando para pagar as contas, de cara limpa tem um outro codinome e uma banda de rock’n’roll. Ricotta é o nome da banda, e Felipe Ricotta o do sujeito.

Sim, porque, nesse caso, o nome por trás da banda antecede a própria banda. Já faz ao menos uns cinco anos que Ricotta, o Felipe, escreve cobras, lagartos e pareceres diários sobre os assuntos mais ordinários que incluem o mundinho indie, Poison, Sonic Youth, garotas, sexo, drogas e rock’n’roll. Diálogos surreais de personagens familiares de todo mundo são pretexto para uma visão, no mínimo, peculiar. Tudo isso na internet. No início, uma lista era enviada pra geral, depois Felipe Ricotta se tornou colunista de site independente, mania no orkut e hoje tem um blog (que atende pelo endereço http://carolazevedo.zip.net/) na UOL. Uau!

Carol Azevedo – dizem – era o nome da banda anterior dele, mas isso não tem a menor importância. O que conta hoje é que Ricotta, a banda, acaba de lançar um daqueles cartões que dão acesso ao download do disco de estréia. Assim você paga 5 reais para baixar 60 Mb em 13 músicas (14, na verdade) do homem-banda. Com um pouco mais de curiosidade chega-se na gravadora dele, chamada Bolacha Discos e até no MySpace oficial, que – diga-se – são dois: felipericotta1 e 2. Deu pra entender? Se não deu, sem problemas. Você é apenas mais um a ser contemplado pelo singelo título do tal disco virtual de uma gravadora idem: “VOCÊ NÃO ENTENDEU PORRA NENHUMA”, assim mesmo, com tudo em maiúsculas.

Os títulos entregam pouco do universo “ricóttico” e a letras versam muito mais sobre relacionamentos (também peculiares) do que outra coisa. O hit é a faixa de abertura, “Garota Frank Jorge”, embora o músico gaúcho pouco tenha a ver com a música em si. O excesso de violões também não ajuda muito, mas esperar o que de quem é fã de Evan Dando? Ao vivo a coisa pesa mais, mas Ricotta não fica muito à vontade num palco. Ao menos foi assim no micro show de uma das seletivas do Festival B de Banda, que não o classificou para a final. A dúvida de 13 pra 14 faixas é porque “Eu Não Consigo Ser tão Teu o Tempo Todo” aparece numa segunda versão, “radio Mix”. “Ricóttico” isso.

Faltou dizer – olhando com mais atenção nos MySpace – que tocam com Ricotta Fred Mendes, Vinícius Terra, Guilherme Ripper e Marcel Motta. Também Dustan Gallas, Felipe Maia e Daniel Ajudante. E ainda que desde meados de 2008 Ricotta tem tocado nas principais capitais. Sábado passado foi a vez do Empório, em Ipanema. Por último, que Felipe Ricotta é “artista sensível com feeling”, como foi dito lá em cima. Que mané Kiabbo.

Tags desse texto:

Comentários enviados

Existem 3 comentários nesse texto.
  1. Mari Maciel em maio 30, 2009 às 22:54
    #1

    Meu, eu AMO o Ricotta e vivo sim no universo “RICOTTICO” ! Só que em uma parte do texto está escrito que ele é gaúcho, mas naverdade ele é mineiro!

  2. Marcos Bragatto em maio 31, 2009 às 10:27
    #2

    Mari,
    O músico gaúcho a que o texto se refere é Frank Jorge.
    Um abraço!

  3. Leticia em junho 17, 2009 às 16:54
    #3

    O que falar??
    Como a Mari aí em cima eu também AMO o Ricotta e desde então passei a viver no universo paralelo ricóttico… Não tem nem como explicar. Eu bem que tento arrastar algumas pessoas comgio mas elas não ficam muito a fim não… Mas tô tentando… A doidera das músicas e dos textos é grande demais e precisa ser dividida…
    É, eu também parei um pouco no gaúcho… Obrigada pelo esclarecimento!

Deixe o seu comentário

Seu email não será divulgado