Fazendo História

Rush
A última grande banda a tocar no Brasil

Ás vésperas de vir tocar no Brasil pela primeira vez, o baixista Geddy Lee e o guitarrista Alex Lifeson concederam uma entrevista cada um, separadamente, por telefone, direto do Canadá. Na pauta, o álbum “Vapor Trails”, lançado naquele ano, os traumas familiares sofridos pelo batera Neil Peart e outros papos sobre a história do Rush. Matéria de capa da Revista Dynamite número 59, de novembro de 2002. Foto: Divulgação.

rushdynaNão resta dúvida de que o Rush é um grupo singular dentro da história do rock em todos os tempos. Afinal, que banda consegue atravessar três décadas sem perder um só fã, e angariando aos montes os da nova geração? Que grupo, apesar de ter várias fases, com tantos discos diferentes, consegue brilhar a cada novo lançamento, tendo desenvolvido uma sonoridade absolutamente própria? É difícil achar uma outra resposta que não seja Rush.

Entretanto, por absoluta falta de compreensão, a mídia (des)especializada insiste em colocar a banda no rol daquelas que você “ama ou odeia”. Mas o rastro de influências deixado pelo Rush ao logos desses mais de 30 anos de existência (28 deles com a formação inalterada) não deixa dúvidas. Podemos afirmar que não existe nenhum baixista ou baterista no meio da música pesada, e quiçá da música como um todo, que não cite respectivamente Geddy Lee e Neil Peart como, no mínimo, uma de suas referências. Isso quando não admitem claramente que aprenderam a tocar com eles. Alex Lifeson não fica atrás, mas na sua área (a guitarra), o mercado é mais saturado.

Desde que foi fundado, num longínquo ano de 1969, o Rush já teve várias facetas. Começou como um clone de Cream e Led Zeppelin, se enveredou pelo rock progressivo, num interessante crossover metal/progressivo, assumiu uma postura menos pesada, porém rock, flertou com Police e cia, adquiriu elementos eletrônicos, voltou ao rock básico, e (ufa!) tudo isso sem a perda da identidade. Um fraseado de Geddy Lee, um som de caixa de Peart, um solo de Alex, tudo isso é reconhecido a quilômetros de distância.

Se toda unanimidade é realmente burra como afirmava o gênio Nelson Rodrigues, o Rush veio para confirmar a teoria de uma maneira não menos genial: até hoje, nenhum de seus fãs (e olha que eles discutem) conseguiu chegar a um acordo sobre qual é o melhor álbum do grupo. Apesar de muitos discos serem incensados por todos, para alguns o que é o melhor, é aquele que é o pior para outros. Ou seja, até o pior disco do Rush é muito bom.

Assim, numa análise preliminar, novos fãs do Rush se apaixonam por álbuns não digeridos pelos mais antigos. Não digeridos porque escutar a música do Rush é uma coisa eternamente inacabada, sempre descobre coisas aqui e acolá aquele que volta a ouvir cada álbum. Como costuma dizer o próprio Neil Peart, citando um autor desconhecido, nenhum trabalho artístico fica totalmente acabado, ele é apenas abandonado.

E isso numa carreia amplamente prolífica, em que a banda sempre esteve, a exceção dessa última fase, por causa dos problemas familiares de Neil Peart, que em menos de 10 meses perdeu a esposa (para o câncer) e a filha (num acidente de carro), ou dentro de estúdios, ou na estrada. Diferentemente de outras bandas, sobretudo as mais recentes, o Rush jamais lançou as chamadas “sobras de estúdio”, caça-níqueis inventados pela indústria do disco. Não por questões ideológicas, mas simplesmente por não ser necessário. Covers então, nem pensar. E para desespero dos marqueteiros de plantão, a cada álbum, a banda sempre criou um logotipo diferente, para ficar claro que, num álbum, o Rush jamais será a mesma banda que foi no anterior.

Com a confirmação dos shows pelo Brasil, esperado há varias gerações, a Dynamite descolou uma entrevista exclusiva com Geddy Lee, o “By-Tor”, e Alex Lifeson, o “Snow Dog”. Recuperada dos recentes traumas, a dupla, que junto com Neil Peart faz o Rush ressurgir das cinzas com o álbum “Vapor Trails”, falou sobre a nova fase, detalhes dos shows pelo Brasil e outras histórias de uma banda definitivamente histórica. Confira os principais trechos:

Sempre foi dito aqui no Brasil que o Rush não gosta de tocar em estádios abertos, e que esse seria o motivo de a banda ter demorado tanto para vir ao País. Ate que ponto isso é verdade?

Alex Lifeson: Em parte isso é verdade. Acabamos de terminar uma turnê na América do Norte, na qual fizemos shows em locais abertos, e gostamos muito. O problema é que no passado a única oferta que nós tivemos foi para tocar no Rock In Rio. E nós não ficamos à vontade para tocar em festivais muito grandes, junto com outras 10, 12 bandas, porque nosso show completo, que dura em torno de 3 horas, tem muitos efeitos de luz, vídeos e tudo mais. Numa situação como o Rock In Rio, é impossível de fazer o show que você quer. Essa foi a razão de não termos aceito. (Sábia decisão, a julgar pelo som do último Rock In Rio).

Geddy Lee: Festivais é uma coisa difícil porque nós achamos que os fãs do Rush são fãs muito dedicados e sempre queremos fazer o mesmo show para todos eles, igual ao que fazemos nos Estados Unidos e Canadá. Quando você toca num festival, não é possível fazer um show inteiro, e às vezes evitamos alguns convites porque gostamos de fazer o nosso próprio show.

É engraçado porque o Rush sempre foi a banda mais votada pelo público em todas as edições do Rock In Rio, como a mais desejada para tocar no festival. Qual é a sua expectativa para os shows no Brasil, especialmente no Rio, que vai ser no Maracanã, o maior estádio de futebol do mundo?

Alex: Primeiro de tudo, nós nunca pensamos que tivéssemos essa responsabilidade ao ir tocar no Brasil, nós não tínhamos idéia. Só agora é que estamos nos dando conta que existem muitos fãs do Rush no Brasil, e estamos bastante empolgados. Os shows vão ser idênticos ao que fizemos na América do Norte, vão durar 3 horas, vão ter muitos vídeos e efeitos de luz, e nós cobrimos todo o nosso repertório desde o primeiro álbum.

Geddy: Estou grato e bastante animado para levar esse show para os brasileiros. Estou particularmente orgulhoso desse show que estamos fazendo agora e acho muito legal levá-lo até o Brasil.

Pelo que andei olhando, vocês não vão tocar músicas dos álbuns “Caress Of Steel” e “Hold Your Fire”…

Alex: Eu teria que dar uma olhada no set list, mas talvez você esteja certo, isso pode ter ocorrido…

Geddy: Acho que é isso mesmo. Mas há algumas músicas que nós só vamos tocar só aí, como “Closer To The Heart”, por exemplo, que é muito popular no Brasil. E talvez alguma coisa que ainda poderemos acrescentar.

Que critério vocês usam para montar o set list, com tantos anos de carreira?

Geddy: É muito difícil para nós. Temos muitos álbuns e é muito difícil escolher as músicas certas, que farão as pessoas felizes, e que nos farão felizes. É pó isso que fazemos um show tão grande, cerca de três horas.

Alex: Primeiro nós fazemos um “set list dos sonhos”, com músicas de todos os álbuns, relacionando as músicas que são “candidatas” para serem tocadas no show. E aí temos um set de umas quatro horas e meia, e vamos cortando até chegarmos nas três horas. Às vezes ensaiamos músicas que ficaram de fora, e podemos ir fazendo trocas durantes a turnê.

Falando do último álbum, “Vapor Trails”, Alex, não existem muitos solos de guitarra nele, como você fazia em outros tempos. É um tipo de mudança no seu estilo de trocar?

Alex: Eu não sei, eu só senti que devia tocar assim. Eu adoro solar, adoro fazer números com a guitarra, mas nesse disco eu não quis colocar um solo que tomasse muito espaço numa música. E eu pensei que seria mais interessante todos nós tocarmos ao mesmo tempo, e todos teriam a chance de solar juntos, no meio das músicas. Achamos que seria melhor para as músicas. Isso nesse álbum, talvez o próximo seja todo de solos. É sempre uma coisa que parte de nós três.

É que os fãs das antigas reclamam das músicas que não têm solos como antigamente…

Alex: Uma coisa certa no Rush é que nós não gostamos de ficar sempre no mesmo lugar, nós gostamos de nos mexer, tentar coisas diferentes. Sempre haverá fãs mais antigos que querem ouvir todas as coisas que fizemos nos anos 80, de álbuns como “A Farewell to Kings” e “Hemispheres”. Eles não querem se distanciar dessas músicas longas, e nós gostamos delas, mas temos que sair do lugar. Não podemos ficar parados.

Também não há teclados no disco novo. Vocês estavam tentando reinventar o som do Rush, começando por uma espécie de “volta às raízes”?

Alex: Exatamente. Para min, nós deveríamos nos distanciar dos teclados o quanto pudéssemos. Eu acho que os teclados em alguns dos nossos álbuns soaram gratuitos, eles não estavam tocando uma parte importante da música, como partes de guitarra ou dos vocais, e nem criando outras coisas. Então decidimos que usar só os três instrumentos seria mais interessante.

Geddy: Desde o “Counterparts” nós começamos a reduzir as partes de teclados nas músicas e quando eu estava trabalhando na produção do disco ao vivo, o “Different Stages”, percebi que estava cansado de fazer isso desde 78. E havia a simplicidade do som que eu acho bastante interessante, e é uma coisa que nós deixamos para trás, aquela coisa de tocar como power trio mesmo. Quando nós começamos esse álbum, Alex estava pensando da mesma forma, e com mais certeza ainda de que nós não deveríamos usar nenhum teclado.

Você acha que esse lance de tentar fazer um som mais básico de novo tem algo a ver com os acontecimentos na vida pessoal do Neil Peart, que de certa forma também afetaram vocês?

Alex: Todos nós sentimos, emocionalmente, essa experiência. Quando nós viemos fazer esse disco, havia um presságio de fazer uma coisa, eu não sei, pura, mais básica, mais orgânica. Nós precisávamos voltar a trabalhar e foi difícil, porque somos uma banda de três elementos, e tocamos pesado. Foi o que tentamos passar nesse disco.

Esse disco demorou 14 messes para ficar pronto, é o recorde de vocês em toda a história do Rush?

Alex: Foi, em geral gastamos quatro ou cinco meses para compor, gravar e produzir um disco. Foi realmente cansativo.

Em relação ao encarte do disco, há alguma idéia por trás das cartas de tarô?

Alex: Eu acho que sim, para o Neil, quando ele estava perdido, procurando por alguma coisa, o porquê para tudo aquilo acontecer na vida dele. Ele andou por algumas cidades, lendo, se interessando por cada coisa que o intrigava. Ele fez conexão com várias dessas cartas, o que elas representam, e eu acho que quando ele começou a escrever as letras, fez também essa conexão. Além disso, essas cartas têm um significado gráfico muito forte.

Ao invés de produzir o disco vocês mesmos, vocês chamaram o Paul Northfield (que produziu o álbum “Different Stages”). Há alguma razão especial para essa escolha?

Alex: Esse álbum nós realmente queríamos produzir nós mesmos, mas nós sentimos que precisávamos de alguém que nos desse um outro ponto de vista. Nós chamamos o Paul quando já tínhamos quase todo o material, e queríamos que ele gravasse a bateria. Ele também é um amigo nosso, e o Neil precisava trabalhar com alguém com quem ele se sentisse à vontade, porque seria um trabalho difícil para ele.

Depois de todos esses problemas que a banda passou, você acha que o disco ficou realmente bom, ou poderia ter ficado melhor, em alguns aspectos?

Geddy: Eu não sei, só voltando no tempo, mas certamente sobreviver a dificuldades nos faz mais fortes e eu acho que estamos juntos há muito tempo, temos muita paixão ao fazer música. Foi um projeto muito emocional, por causa dessas dificuldades. E de alguma forma essa paixão transpareceu no disco.

Alex: Eu acho que todos os nossos discos poderiam ter ficado melhor, mesmo depois de prontos. E o dia que isso não acontecer, é porque você deve parar. Eu não ouvi o “Vapor Trails” por um tempo. Nós estamos muito felizes com o disco, acho as músicas muito boas, mas eu tentaria aperfeiçoar algumas delas, arranjando-as de novo. Há sempre coisas nas quais temos que evoluir.

Vocês costumam escutar os discos antigos do Rush, entes de começar a trabalhar no álbum novo?

Geddy: Não, eu não ouço a nossa música, a não ser quando estamos preparando uma turnê. Aí eu tento ouvir tudo que é possível do Rush. É um período interessante para min, para ouvir tudo que nós já fizemos, e ver o que sobreviveu…

Alex: Eu tento não ouvir nada antes de começarmos a compor, e quando o processo começa, eu não ouço nenhum tipo de música. Talvez no rádio do carro, mas eu acho um pouco perigoso ouvir música quando você está compondo.

Você tem medo de receber certas influências indesejáveis?

Alex: Pode acontecer de uma maneira até ingênua, você ouve algo que prende a sua atenção, e começa a tocar parecido, isso é perigoso. Todos nós tentamos ficar longe de escutar outras músicas quando estamos compondo.

Alex, você produziu o disco de uma banda chama Lifer, você se interessa por essas bandas novas, especialmente do cenário nu-metal americano?

Alex: Um amigo meu que trabalha na gravadora deles queria que eu escutasse a música e desse algumas idéias. Ele gostou do que eu falei e agendou o estúdio para gravarmos o disco no dia seguinte. Todo o disco em cinco semanas. Foi tudo muito rápido. Mas eu não sou o tipo de cara que está por dentro do que está acontecendo na música, eu não ouço as novas bandas da garotada que aparecem. Eu ouço coisas que eu realmente gosto muito, e não ouço nada que eu realmente não goste, ou que não entenda o qual é a idéia. Quando estou envolvido num projeto como esse do Lifer, eu só me interesso em saber o que eles estão querendo fazer, o que a música deles deve representar, e eu tento dar a resposta para eles, de modo que o resultado seja o melhor possível.

O Rush é uma banda que ficou conhecida por tocar, ao vivo, exatamente igual às gravações dos álbuns. Vocês já pensaram em fazer jams ao vivo, assim como deve rolar nos estúdios?

Alex: Não, nós tentamos chegar perto do material gravado nos discos porque é essa a expectativa que os fãs têm, de ver a banda tocando igualzinho ao vivo, só que tudo maior, mais alto, mais pesado, com efeitos visuais. Nós até que improvisamos um pouco, mas não de uma forma significativa. Eu acho que com esse álbum, há momentos de improvisação que nós nunca tivemos antes. Certamente nas músicas mais antigas, no bis, teremos um pouco dessa improvisação.

Vocês costumam compor músicas novas quando estão em turnês, especialmente as mais longas?

Alex: Não, nós costumávamos fazer umas jams nas passagens de som, e às vezes gravávamos. Isso há uns 12, 15 anos atrás, mas não fazemos mais nada disso nas turnês. Achamos mais interessante cada um guardar suas idéias e começarmos tudo no primeiro dia de estúdio, é muito bom colocar as novas idéias que acumulamos antes de testá-las, fica tudo mais fresco.

É difícil hoje em dia, que vocês estão já maduros, têm família, filhos, ficar muito tempo em turnês?

Alex: Essa turnê não está sendo tão ruim, afinal ficamos parados por cinco anos, e é legal estar de volta à estrada. Nós gostamos de estarmos juntos, e de aproveitar cada momento de todo o processo.

Geddy: Essa turnê eu estou gostando muito, e é difícil pra mim, pois tenho uma filha pequena, e é difícil ficar longe dela por muito tempo. Ela tem oito anos, e tenho um garoto com 22, que está na universidade. Mas ele costuma me visitar quando tenho muitas saudades. Com minha filha é mais difícil, porque eu já sou velho o bastante para reconhecer que uma turnê não dura para sempre e que quando ela acabar terei todos para mim de novo. Quando você está fora de turnês é que você percebe o quanto é bom tocar. No meio de uma turnê, quando você está no palco e vê pessoas tão felizes, é o que conta.

Qual fase do Rush você acha a mais legal?

Geddy: É difícil de dizer, eu não sei, mas eu gosto de como soamos agora… Mas eu fiquei muito orgulhoso do som do “Power Windows”, por exemplo, do som do “Moving Pictures” e também do “Permanent Waves” e do “2112”. Essas são as minhas fases favoritas na banda.

Há alguns anos vocês lançaram um álbum ao vivo, com um bônus com material de 1978. Você pretende repetir essa experiência, com material de outras fases do Rush?

Geddy: Eu não tenho certeza, mas esperamos poder lançar um DVD que estamos filmando nessa turnê, e colocar muitas performances dessa turnê e também outras coisas, incluindo vídeos antigos que temos guardados.

Vocês costumam lançar um álbum ao vivo a cada quatro gravados em estúdio. Isso é uma espécie de regra interna no Rush?

Geddy: Não é uma regra, regra é uma palavra forte. É uma forma que as coisas têm funcionado, mas não sei se vamos continuar assim, eu acho que já lançamos bastante álbuns ao vivo.

Geddy, como é cantar as letras escritas por Neil, já que elas não representam necessariamente o que você pensa?

Geddy: Eu me sinto bem, nós trabalhamos sempre juntos cuidando das letras e há uma boa comunicação entre nós. E no fim das contas sempre me sinto bem sobre o que colocamos nos discos.

Como é o processo, ele escreve e vai te passando aos poucos…

Geddy: Nós sentamos juntos e escrevemos três ou quatro páginas com idéias, algumas já em forma de músicas, e outras só mesmo as idéias. E eu escrevo músicas de acordo com que as letras vão aparecendo para mim, e certamente não uso tudo. Aí volto para ele, e ele desenvolve de modo a se encaixar nas partes que eu gostei. Em alguns casos eu adoro a música e ele também, mas isso depende.

Você costuma ter um cuidado especial com sua voz?

Geddy: É, infelizmente eu tenho uma vida meio chata nas turnês, tenho que cuidar do que como, e o quanto eu bebo. Preciso recusar certas comidas, como derivados de leite e comidas apimentadas. E tenho que beber bastante água e tentar não falar demais.

Você acha que o Rush é o tipo de banda que sobrevive fora do mainstream?

Geddy: Nós estivemos dentro do mainstream por 30 anos e ficamos bem à vontade nessa posição. Nós somos uma banda estranha, como se fôssemos a banda cult mais popular do mundo, sei lá…

Que tipo de música você ouve quando não está compondo ou em turnês?

Geddy: Eu adoro a música da Björk, e também Radiohead, Foo Fighters. Gosto de Coldplay agora, muitas coisas diferentes, gosto muito da música do Tom Waits.

Nos anos 80 muitas pessoas criticavam o Rush por ele ter adquirido certas influências da new wave, de bandas como o Police e tal. E agora, como o Rush se sintoniza com a música atual?

Geddy: Eu acho que, à medida que você vai ficando mais velho, suas influências vai ficando mais diversas, tem muitas coisas novas que chamam a atenção…

Tags desse texto: ,

Comentário

Seja o primeiro a comentar!

Deixe o seu comentário

Seu email não será divulgado