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Rush

R 30
(Sum)
Íntegra da resenha publicada no Jornal do Brasil, dia 29 de setembro de 2006

rushr30O mundo todo sabe que o Rush continua com um espetáculo ao vivo de primeira grandeza. Foi isso que todos viram no DVD “Rush In Rio”, gravado no Maracanã, em 2002. O que esperar, então, de outro vídeo, duplo, gravado dois anos depois, em Frankfurt, na turnê de comemoração de 30 anos de uma das formações mais longevas da história da música? Mais do mesmo, se olharmos para a performance estonteante do trio, luzes e vídeos e a inabalável perícia técnica; mas, ao mesmo tempo, tudo diferente, se levarmos em conta a renovação do repertório, que substituiu quase vinte músicas por clássicos de importância semelhante e igualmente emocionantes.

Por isso o medley “R30 Overture”, que junta vários trechos instrumentais consagrados, abre o show com os fãs em êxtase, e músicas como “Animate”, “Subdivisions” e “Xanadu” são revividas com a impecável marca da banda. O solo de Neil Peart, que a partir de agora se chama “O Baterista”, na língua em que é registrado, é quase todo refeito em relação ao do Rio, e Geddy Lee e Alex Lifeson ignoram o avançar da idade.

Só mesmo os extras (com direito a dois “easter eggs”) para mostrar as várias fases da banda, em entrevistas entre 1979 e 2002 e videoclipes – terreno onde o Rush é pioneiro – gravados desde os anos 70 até trechos de shows recentes. Neles percebe-se o retrato de épocas que parecem não ter existido. Como a de “Xanadu”, em que Geddy e Alex aparecem com guitarras de braço duplo, o primeiro ainda operando teclados, e Peart ilhado por um mar de tambores. Isso, aliás, pouco mudou.

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