Som na Caixa

In Flames

Clayman
(Nuclear Blast/Rock Brigade)

inflamesclaymanSe hoje o termo heavy metal melódico é comum em qualquer texto sobre música pesada, houve um tempo, nem tão distante assim, em que a expressão ainda necessitava de uma certa afirmação. O álbum “Clayman”, do In Flames, lançado em 2000 e reeditado agora no Brasil em versão “Deluxe”, ajudou um bocado nesse processo, em que pese a disseminação do gênero, primeiro na Europa, e hoje até no mercado americano.

Estão aqui clássicos do In Flames e do próprio gênero, como “Pinball Map” e a dramática “Only For The Weak”, que mostraram ao mundo como o rock pesado, com vocais berrados e guitarras distorcidas, pode ser cativante quando se adiciona a ele boas doses de melodia. E, ainda, que quando a canção é boa, não há arranjo que a jogue por terra. Afora toda a roupagem do death melódico, predominante nos arranjos, está aí o segredo do In Flames: as boas músicas, compostas com um certo sotaque pop sem o pudor normalmente encontrado no meio do metal. As duas, assim como a faixa-título e a estupenda “Swim”, com belas evoluções de guitarra, costumam ser tocadas nos shows do In Flames até hoje.

O disco encerrou uma trilogia não planejada iniciada nos álbuns “Colony” (1999) e “Whoracle” (1997), que amadureceu a banda o bastaste para a nova fase que viria anos depois, a partir de “Reroute To Remain (2002). Como bônus, além de um protetor de tela para computador bem meia boca, as faixas “World Of Promisses”, do Treat, gravada para a coletânea “Power From The North – Sweden Rocks The World”, só com bandas suecas reverenciando o metal daquele país; e ainda “Strong And Smart”, da também sueca banda de hardcore melódico No Fun At All, incluída originalmente no sexto volume da coletânea “Death – Is Just The Beginning”. Se você ainda não tinha, tá na hora de comprar.

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