Se um filme de terror trash fosse uma banda, ela seria o Zumbis do Espaço. O grupo do interior de São Paulo vai fundo nessa temática e não se cansa de falar de um milhão de corpos que surgem do chão, facas amoladas, bebidas literalmente matadoras, diabos e outras cositas “fom hell”. O interessante é que musicalmente o quarteto do mal continua misturando cuidadosamente gêneros díspares como country (“Luxúria no Coração”, “Olho Por Olho, Dente Por Dente”), punk rock (“Quem Vai Chorar?”), psychobilly (“Balada do Pistoleiro”) e até metal (nas guitarras de “Drink do Demônio” e em “Sangue dos Meus Inimigos”), entre outros, com precisão tal e boa medida que resultam num estilo próprio e dos mais interessantes. Bons refrões do tipo “para cantar no show” marcam presença neste quinto disco, que, se não foge dos paradigmas que a banda criou, de outro mostra que esse universo ainda tem muito a ser explorado, e talvez esteja aí a maior virtude dos Zumbis do Espaço.

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