Quem reclamou dos títulos das músicas da demo anterior do Noitibó talvez se satisfaça nesta segunda. É que o grupo carioca optou por dar, como nomes das músicas, algarismos ou os próprios por extenso. Como faz, aliás, os americanos do Karma to Burn, sendo que o som é obviamente bem diferente. Aqui é a simplicidade que predomina, junto com um certo atonalismo harmônico que acaba abrindo espaço para a base, em detrimento de um certo minimalismo das guitarras. É o que acontece em “2” e “Quatro”, por exemplo.

As letras, já apontadas como “rebuscadas” ou “difíceis”, desta vez guarda é pouca significação mesmo (tente entender: “disfarce oblíquo que o que vale é a vossa fossa, interseção”), o que, de certa forma, mantém a linha sugerida pela música – às vezes parece que os caras ouviram muito Primus quando eram crianças. Na “3”, que é instrumental, durasse ela mais tempo e seria uma jam session elogiável por intelectuais da música. E o mestre da mpb consideraria o Noitibó uma banda verdadeiramente árida.

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